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Mostrando postagens de abril, 2017

“Aftermath” (Decca, 1966), The Rolling Stones

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Aftermath é o quarto álbum dos Rolling Stones e o primeiro deles a trazer só músicas compostas pela dupla Jagger-Richards. É apontado também pelos críticos como o primeiro grande álbum da carreira do quinteto britânico. Nele, já é percebida uma maturidade na banda comparada aos outros três primeiros discos, tanto no quesito composição quanto no “cardápio” musical. Os Stones vão desde coisas que eles dominam bem como o blues a estilos até então novos para eles como a folk music, o pop barroco, country music e o nascente rock psicodélico. O versátil Brian Jones e sua cítara. Outro fator marcante neste álbum foi a brilhante capacidade de Brian Jones (1942-1969) em tocar vários instrumentos. Além de tocar guitarra, seu instrumento de origem, Brian tocou cítara, marimba, piano, saltério, cravo, órgão e gaita. Se mostra um músico bem experimentalista, e certamente, se Brian não tivesse morrido três anos depois, Jagger e Richards não reinariam sozinhos nos Stones. Dentre as

“Televisão de Cachorro” (BMG, 1998), Pato Fu

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A partir de meados dos anos 1990, o cenário do rock brasileiro se reconfigurou com a chegada de uma nova geração de artistas trazendo novas ideias e novas possibilidades para o gênero musical. Dessa nova geração roqueira fazia parte o Pato Fu, banda mineira que despontava com um som baseada no experimentalismo, na irreverência e nos novos recursos tecnológicos na área musical. Os três primeiros álbuns foram bem fundamentados nesse dito experimentalismo, chegando a ter uma repercussão modesta com o segundo álbum,  Gol de Quem? (1995), através do hit “Sobre o Tempo” e com o terceiro álbum,  Tem Mas Acabou (1996) com os hits "Pinga" e "Capetão 66.6 FM". O sucesso comercial só veio mesmo com o quarto álbum, o Televisão De Cachorro , lançado em 1998. Foi o primeiro álbum do Pato Fu sob a produção de Dudu Marote, o mesmo que havia produzido os multiplatinados álbuns Calango e Samba Poconé , ambos do Skank. Trazendo  faixas autorais e regravações de outros a

“Selvagem?” (EMI-Odeon, 1986), Os Paralamas do Sucesso

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O ano era 1985, e os Paralamas do Sucesso gozavam de alto prestígio. A apresentação do trio brasiliense na primeira edição do Rock in Rio, em janeiro daquele ano, foi apoteótica. O segundo álbum da banda, O Passo do Lui , lançado em 1984, era um sucesso comercial inquestionável, havia vendido mais de 200 mil cópias e quase todas as faixas do disco viraram hits. Contudo, apesar de todo o sucesso, os Paralamas no fundo se mostravam inquietos, um tanto quanto incomodados. Percebiam que toda a estética new wave que predominava no cenário roqueiro nacional naquele momento, e no qual também estavam inseridos, estaria se esgotando. Ao invés do som “palatável” da new wave dos dois primeiros álbuns, o grupo buscava apostar em algo diferente para o próximo trabalho. O vocalista e guitarrista Herbert Vianna sentia um profundo vazio criativo para compor, queria ir além dos temas pessoais e adolescentes. Mas a agenda interminável de shows não permitia que os Paralamas pudessem ter um tempo

Diamond Life (Epic, 1984), Sade

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Na primeira metade dos anos 1980, em paralelo ao pós-punk que dominava o cenário pop britânico, a Inglaterra via surgir uma geração de cantores e bandas que desenvolvia um tipo de música que se caracterizava pela sofisticação e pelo bom gosto melódico, sob influência do jazz, soul music, bossa-nova e até música latina, tudo envolvido numa bela e agradável embalagem pop.  Em pouco tempo, esses artistas despontaram e ganharam o mundo, dentre eles o Style Council, Everything But The Girl, Joe Jackson, Swing Out Sister, Level 42, Simply Red, Lisa Stansfield entre outros. Mas sem sombra de dúvidas, Sade foi um dos mais notáveis destaques dessa geração de artistas ingleses que conquistaram os ouvidos de uma parcela mais exigente do público consumidor de música pop. Filha de mãe inglesa e de pai nigeriano, Sade Adu nasceu na Nigéria, em 1962, mas foi criada na Inglaterra. Estudou moda, chegando a atuar como estilista, mas acabou descobrindo a música ao ser vocalista de uma banda de R

10 álbuns essenciais: Disco Music

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No princípio, ela era era coisa de gueto, restrita às comunidades gays, negras e latinas dos Estados Unidos. Mas aos poucos, ela foi ganhando força e sendo descoberta por astros da música pop, virou alvo das grandes gravadoras e num piscar de olhos já havia conquistado o mundo. O filme "Os Embalos de Sábado A Noite" ("Saturday Nighy Fever", 1977), deu um grande "empurrão", foi o grande propagador da onda disco em todo o planeta, influenciando desde a moda à indústria fonográfica. É com a disco que se incia o culto ao DJ, é ela o marco zero de tudo que se produziu em termos música para as pistas.  Aqui. em ordem cronológica,seguem dez de alguns dos mais importantes e influentes álbuns da disco music. Há quem possa discordar de alguns deles, mas não se pode negar a qualidade e a importância de alguns deles para um dos gêneros mais influentes da música pop em todos os tempos. KC and the Sunshine Band (TK Records, 1975), KC and the Sunshine B