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Mostrando postagens de setembro, 2020

“Rita Lee” (1980, Som Livre), Rita Lee

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Por Sidney Falcão O estrondoso sucesso do álbum Rita Lee , de 1979, também conhecido como Mania de Você , não havia convencido uma parcela da imprensa musical. Para essa parcela, aquele fenômeno que a cantora Rita Lee havia vivenciado era passageiro. Além disso, essa parcela da imprensa musical culpava Roberto de Carvalho - músico, empresário e marido de Rita Lee – por ter “pasteurizado” a música da cantora, direcionando-a para um caminho mais pop, afastando-a do rock que a consagrou e tornando o seu som mais “palatável” para o público. Mas esse mesmo público pouco não estava se importando com o que essa parcela dos especialistas estava pensando. É verdadeiro que os antigos fãs dos tempos de Rita com a banda Tutti Frutti detestaram a versão pop star que a cantora havia se transformado, assim como os tais especialistas da imprensa musical. Contudo, Rita Lee arrebanhou uma nova legião de fãs, e mais ainda: conquistou públicos das mais diversas faixas etárias, de crianças a idosos. O

“Paranoid” (Vertigo,1970), Black Sabbath

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Por Sidney Falcão Apesar da recepção nada simpática de uma parcela da imprensa musical - principalmente das revistas Rolling Stone e The Village Voice – o primeiro e homônimo álbum da banda Black Sabbath foi bem acolhido pelo público. No Reino Unido, Black Sabbath , o álbum, chegou ao 8º lugar na parada de álbuns. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o álbum alcançou o posto de 23º lugar na Billboard 200 e vendeu 1 milhão de cópias. E pensar que todo esse desempenho comercial não teve esquema promocional planejado, não houve por parte da gravadora grandes gastos para promovê-lo. O álbum praticamente se promoveu sozinho. Motivada pelo bom desempenho comercial do primeiro álbum, a gravadora Vertigo pediu para que o Black Sabbath entrasse em estúdio para gravar o segundo álbum, já em junho de 1970, quatro meses após o lançamento do álbum estreia. Contando com Rodger Bain na produção – o mesmo produtor de Black Sabbath – a banda Black Sabbath gravou o seu segundo álbum em ap

“Feijão com Arroz” (Sony Music, 1996), Daniela Mercury

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Por Sidney Falcão Após o megassucesso do álbum O Canto da Cidade , de 1992, esperava-se que o trabalho seguinte, Música de Rua , de 1994, superasse o seu antecessor, mas isso não aconteceu. Embora fosse quase que uma espécie de continuação de O Canto da Cidade , Música de Rua era mais diluído musicalmente. Teve uma boa vendagem, mais de 500 mil cópias vendidas, porém, muito longe dos 2 milhões de cópias de O Canto da Cidade .                      Em seu quarto álbum, Feijão com Arroz , Daniela Mercury deu mais ênfase à percussão. Se em Música na Cidade , um álbum mais pop onde a percussão esteve mais em segundo plano, em Feijão com Arroz a percussão assumiu uma posição mais protagonista, e soando até mais pesada. O álbum tem o samba-reggae como o ponto central, mas permite que Daniela dialogue com outros desdobramentos do samba, como por exemplo, o samba-de-roda do Recôncavo Baiano. No entanto, esse diálogo musical não faz de Feijão com Arroz um álbum regional, folclórico.