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Mostrando postagens de maio, 2018

10 discos essenciais: synthpop

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Até meados dos anos 1970, os sintetizadores eram instrumentos que estava fora do alcance dos "pobres mortais". Esses "brinquedinhos" eram caríssimos, e apenas os grandes astros do rock e da música pop faziam uso deles. No rock progressivo, os sintetizadores eram praticamente instrumentos obrigatórios, e bandas como Pink Floyd, Yes e Emerson Lake & Palmer se destacaram no uso desses instrumentos. Mas na música pop, artistas como Stevie Wonder, também utilizaram os recursos dos sintetizadores nos seus trabalhos. Porém, no final dos anos 1970, com o avanço da tecnologia, os sintetizadores se tornaram mais compactos e mais baratos. Além disso, se tornaram mais práticos e fáceis de serem tocados, trazendo recursos que permitiam programar sequências, notas, um andamento inteiro de uma música. Era praticamente uma banda num só instrumento, e a preços acessíveis. Isso fez com que na Inglaterra, uma molecada ávida, adquirisse esses instrumentos eletrônicos,

"The Man Machine" (EMI, 1978), Kraftwerk

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Nos anos 1970, não havia nada na música pop e no rock que se comparasse ao Kraftwerk. Enquanto bandas como Yes ainda estavam no estágio "rococó" do rock progressivo, o Krafwerk parecia estar anos-luz de distância com o seu som essencialmente eletrônico futurista. A banda alemã de Düsseldorf se tornou uma espécie de elo de ligação entre o experimentalismo de pioneiros da música eletrônica como Karlheinz Stockhausen (1928-2007) com a música pop. Quando lançou The Man Machine , em 19 de maio de 1978, o Kraftwerk gozava do prestígio conquistado com os três anteriores e elogiados álbuns, respectivamente Autobahn (1974), Radio-Activity (1975) e Trans-Europe Express (1977). Mas se em Autobahn e em Radio-Activity , o Kraftwerk se mostrava mais experimental e hermético, a partir de Trans-Europe Express a banda começa a apostar em batidas um pouco mais aceleradas chegando a flertar com a disco music ("Europe Endless"), ao pop (" Showroom Dummies" )

“Raça Humana” (Warner, 1984), Gilberto Gil

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Raça Humana é um dos mais importantes álbuns desde que Gilberto Gil inclinou-se para um apelo mais pop para o seu trabalho a partir do álbum Realce , lançado em 1979. Em Raça Humana , nota-se um Gilberto Gil não só levando adiante as suas experiências com o reggae, que começaram no final dos anos 1970, mas também uma aproximação com o rock, ou melhor dizendo, uma reaproximação, afinal de contas: o baiano já havia firmado laços com o rock a partir do Tropicalismo, nos anos 1960. Provavelmente, por conta do novo sopro de vida do rock brasileiro nos anos 1980, Gil fez essa reaproximação com o rock. O álbum começa a ser germinado no início de 1984, durante a pausa da fase internacional da turnê do álbum anterior, Extra , de 1983. Após concluir a trilha sonora do filme Quilombo , de Cacá Dieques, Gil e o produtor Liminha viajam em abril de 1984 para Kingston, na Jamaica. Nos estúdios da Tuff Gong, os mesmos onde Bob Marley gravou alguns de seus álbuns, Gil gravou três músicas acomp

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“Da Lata”(EMI,1995), Fernanda Abreu

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Quando a Blitz acabou pela primeira vez em 1986, Fernanda Abreu, uma das ex- backing vocals da banda, levou quatro anos até lançar o seu primeiro álbum solo. Diferente de Evandro Mesquita, vocal da Blitz que naquele mesmo ano lançara o seu primeiro álbum como cantor solo, Fernanda preferiu esperar o tempo certo. Convites para Fernanda gravar não faltaram, porém ela se manteve cautelosa, ainda não havia maturado a sua proposta musical como cantora solo, queria pesquisar mais. De uma coisa ela tinha certeza: fazer algo parecido com o som da Blitz estava fora de cogitação. Antes de entrar na Blitz, em 1981, Fernanda já tinha uma experiência com dança, e musicalmente sempre teve um gosto pela música negra norte-americana como a disco music, o R&B e a soul music, e ao apelo dançante desses ritmos. Estava aí o ponto de partida para que ela desenvolvesse a linha musical da sua carreira solo.   Fernanda Abreu (terceira da esquerda para a direita) nos tempos da Blitz nos anos