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Mostrando postagens de março, 2018

“Maior Abandonado” (Opus/Columbia, 1984), Barão Vermelho

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Mesmo com dois álbuns no currículo, Barão Vermelho (1982) e Barão Vermelho 2 (1983), o Barão Vermelho ainda não havia conseguido conquistar um grande público. Os seus conterrâneos cariocas Lulu Santos e Blitz, e até mesmo o inglês radicado no Rio de Janeiro, Ritchie, haviam se tornado grandes estrelas daquele novo cenário do rock brasileiro que se formava no início dos anos 1980. O também carioca Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens, que estourou com o seu compacto “Pintura Íntima”, em 1983, teve mais exposição no rádio e na TV do que o Barão com os seus dois primeiros álbuns. O fato de João Araújo, pai de Cazuza (então vocal do Barão Vermelho) ser na época presidente da gravadora Som Livre, não foi o suficiente para fazer a banda estourar na grande mídia. Porém, a sorte do Barão Vermelho começou a mudar ainda em 1983, depois que Ney Matogrosso gravou “Pro Dia Nascer Feliz” para o seu álbum ...Pois É , lançado em outubro daquele ano. A música fez um enorme sucesso nas rádio

“Luiz Gonzaga Ao Vivo – Volta Pra Curtir” (RCA, 2001), Luiz Gonzaga

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Quem viu Gonzaga – De Pai Pra filho (2012), filme de Breno Silveira, teve a oportunidade de saber um pouco da história de Luiz Gonzaga (1912-1989), o “Rei do Baião”. Viu o começo de sua carreira artística, ainda muito jovem, no sertão de Pernambuco, e o auge da fama entre o final dos anos 1940 e os anos 1950. Mas o filme mostra também a decadência do velho “Lua” (um dos seus apelidos) na década de 1960. Era uma época estranha e hostil para o sanfoneiro pernambucano. O Brasil e o mundo viviam um momento de turbulências e transformações. A chamada “Era de Ouro” do rádio, tornou-se coisa do passado. Astros daquele período dourado como o próprio Luiz Gonzaga, mais Orlando Silva, Sílvio Caldas, Vicente Celestino entre outros, viraram coisas “cafonas”, “peças de museu”. O público jovem mudou, e com ele o seu gosto musical. A bossa nova, a música de protesto, Jovem Guarda e o Tropicalismo faziam parte do gosto musical dos jovens brasileiros daquele momento. Os Beatles, os Rolling Ston

“Kick Out The Jams” (Elektra, 1969), MC5

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Se fizessem uma lista com as bandas mais explosivas da história do rock, certamente o quinteto norte-americano MC5 estaria incluído sem a menor sombra de dúvidas. Através de uma sonoridade hiperagressiva, com guitarras distorcidas e sujas, bateria demolidora e vocais ensandecidos, o MC5 antecipava no final dos nos 1960 o que o punk rock faria em meados da década seguinte. A banda foi formada em 1964, na cidade de Detroit, no estado do Michigan, Estados Unidos, a mesma cidade onde três anos depois surgiria outra banda explosiva, The Stooges, liderada pelo vocalista e “dublê” de contorcionista Iggy Pop. O grupo contava na sua primeira formação com Rob Tyner (vocais), Fred "Sonic" Smith (guitarra), Wayne Kramer (guitarra), Pat Burrows (baixo) e Bob Gaspar (bateria). No início, a banda era chamada de Motor City Five, por causa da fama da indústria automobilística da cidade natal, mas logo o nome foi abreviado para MC5. Em 1965, o quinteto passa a explorar uma sonorid

“Back To Black” (Island Records, 2006), Amy Winehouse

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Amy Winehouse surgiu como um grato sopro de novidade na música pop no começo dos anos 2000. Naquele momento, Britney Spears e Christina Aguilera eram o modelo padrão de cantora jovem de sucesso no cenário pop da época. Com seu álbum de estreia, Frank , lançado em 2003, Amy nadava contra a corrente do padrão pop feminino da época ao resgatar o som da Motown, o R&B dos anos 1960, o jazz, mas com uma roupagem musical contemporânea. Toda essa bagagem musical era uma herança que ela herdou de sua família, que gostava de jazz, soul e R&B antigos. A cantora inglesa, então com 20 anos, logo virou uma grande sensação. Seu primeiro álbum, Frank , alcançou o 13º lugar da parada britânica de álbuns, vendeu mais de 3 milhões de cópias. Amy foi agraciada em 2005 com o troféu Ivor Novelle Awards na categoria “Melhor Canção Contemporânea” por “Stronger Than Me”, faixa do álbum Frank . Passado o período de muita exposição proporcionado pelo sucesso do álbum Frank , Amy Winehouse mer