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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

“Songs From The Big Chair” (Phonogram, 1985), Tears For Fears

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Formada por Roland Orzabal (vocais, guitarra e teclados) e Curt Smith (vocais e baixo) em 1981 na cidade de Bath, sudoeste da Inglaterra, a dupla Tears For Fears não demorou muito tempo para ganhar projeção no cenário internacional da música pop. Em 1983, os Tears For Fears ficaram conhecidos no mundo inteiro através do álbum de estreia deles, The Hurting , que apesar de guardar um certo experimentalismo, emplacou os primeiros sucessos do duo inglês que foram “Pale Shelter”, “Changes” e “Mad World”. Embora tivessem feito uso de guitarra, baixo e bateria, o álbum mostrava uma presença forte dos sintetizadores, o que deixava o som da banda bastante vinculado à frieza do synthpop inglês, estilo muito em voga na época. A boa repercussão de The Hurting fez a gravadora Phonogram pressionar a dupla por mais uma novidade para jogar no mercado. Foi então que no final de 1983, lançaram o single “The Way You Are”, um tremendo fracasso e que nem de longe alcançou o mesmo êxito dos três p

“Cavalo de Pau” (Ariola, 1982), Alceu Valença

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Por Sidney Falcão O relacionamento de Alceu Valença com as gravadoras não era dos melhores no final dos anos 1970. Após vários desentendimentos com elas e sem perspectivas para a sua carreira aqui no Brasil, Alceu partiu para um autoexílio na França, em 1979, numa tentativa, quem sabe, de encontrar por lá uma melhor sorte para a sua música. Contudo, depois de um ano em terras francesas, a saudade bateu e a vontade de retornar para o Brasil falou mais alto. Movido por esse sentimento, Alceu chegou até a compor em Paris uma canção que se tornaria famosa mais tarde: “Coração Bobo”. Em 1980, Alceu Valença já estava de volta ao Brasil, e sem perder tempo, inscreveu a canção “Coração Bobo” num festival de música que a TV Tupi estava promovendo. Ele participou do festival com essa música fazendo dueto com Jackson do Pandeiro (1919-1982), porém, não foram muito longe, logo estavam eliminados. Apesar da eliminação, aquela canção chamou a atenção do produtor Marco Mazola, que na

Discos Essenciais - 3 anos de atividade

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O blog Discos Essenciais completa hoje 3 anos de atividade. É bem verdade que desde o final de 2016, o blog vinha funcionando, só que experimentalmente. Mas só a partir de 17 de fevereiro de 2017, o blog Discos Essenciais passou a funcionar pra valer, a todo vapor.  A você que desde o início acompanha o Discos Essenciais, muito obrigado, e continue prestigiando o blog. A você que chegou agora, seja bem vindo, confira todas as postagens já feitas e acompanhe as que estão por vir.  Mais uma vez, obrigado, e um abraço. Sidney Falcão

“Black Sabbath” (Vertigo, 1970), Black Sabbath

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No final dos anos 1960, a cultura e as política fervilhavam em todo o mundo. O movimento hippie e a sua filosofia de “paz e amor”, estavam no ápice, influenciando a cabeça de milhões de jovens. O rock amadurecia e passava por transformações, se desdobrando em outras vertentes como o hard rock e o rock progressivo que estavam em plena ascensão. Os Estados Unidos e a finada União Soviética travavam uma “guerra fria” que dividia o planeta em capitalistas e comunistas, e criavam um estado de tensão de uma possível Terceira Guerra Mundial. Falando em guerra, no Vietnã, os norte-americanos ainda insistiam numa guerra contra os vietnamitas que se arrastava por anos e que já havia ceifado a vida de milhões de pessoas, apesar do clamor mundial por um basta naquele conflito. Enquanto isso, em Birmingham, na Inglaterra, um grupo de quatro jovens cabeludos, que via com desprezo tanto a filosofia hippie quanto as lideranças políticas internacionais, davam início aos primeiros passos da car

“Morrison Hotel” (Elektra Records, 1970), The Doors

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O ano de 1969 foi marcado por muitos dissabores que quase puseram fim ao The Doors. Em março daquele ano, durante um show da banda californiana no Dinner Key Auditorum, em Miami, o vocalista Jim Morrison (1943-1971) se meteu na maior confusão da sua vida: ele teria   mostrado o seu órgão genial para o público presente, estimado em 12 mil pessoas. O caos se instalou no local, e Morrison foi preso e respondeu a um processo que iria se arrastaria por pouco mais de um ano. As consequências do ato do líder do The Doors custaram caro à banda: o cancelamento de vários shows. Jim Morrison já era conhecido pelas confusões em que se metia, como bebedeiras e ataques de estrelismo, mas o “Caso Miami”, como ficou conhecido, foi a gota d’água. Como se isso não bastasse, o quarto álbum do grupo , Soft Parade , lançado em julho de 1969, foi mal recebido pela crítica, que não digeriu muito bem o fato da banda ter feito uso de naipe de metais e cordas. Na compreensão dos críticos musicais, tai