Postagens

Mostrando postagens de março, 2022

“Um Embalo com Renato E Seus Blue Caps” (CBS, 1966), Renato & Seus Blue Caps

Imagem
Por Sidney Falcão Renato & Seus Blue Caps podem não ter sido revolucionária como os Mutantes, nem campeões em vendas de discos como o RPM e muito menos tiveram a fama internacional do Sepultura. Mas eles têm algo que nenhuma dessas bandas citadas e nem outras bandas do rock brasileiro possuem: a de banda com maior longevidade da história do rock brasileiro. Nem mesmo a morte do seu líder e fundador, o guitarrista e vocalista Renato Barros, em 2019, aos 75 anos, foi capaz de pôr um ponto final a pouco mais de 60 anos de carreira da banda que foi uma das mais populares da Jovem Guarda, nos anos 1960. A história da banda começa em 1960, no Rio de Janeiro, quando os irmãos Renato Barros (guitarra solo), Paulo César Barros (baixo) e Ed Wilson (vocais) formam um grupo de rock com os amigos Euclides de Paula (guitarra base) e Gelson Moraes (bateria). Como os jovens eram moradores do bairro da Piedade, a banda foi batizada como Bacaninhas do Rock da Piedade, um nome pouco inspirador. N

“The Number Of The Beast” (EMI, 1982), Iron Maiden

Imagem
Por Sidney Falcão No começo dos anos 1980, o Iron Maiden era uma das mais promissoras bandas da nova geração do heavy metal batizada pela imprensa de New Wave of British Heavy Metal (N.W.O.B.H.M.), que traduzindo para o português significa Nova Onda do Heavy Metal Britânico. Com dois álbuns lançados, Iron Maiden (1980) e Killers (1981), a banda inglesa parecia ter um futuro promissor não fosse um problema: o vocalista Paul Di’Anno. O vício em álcool e cocaína de Di’Anno estavam comprometendo a performance do vocalista no palco. Alguns shows do Iron Maiden chegaram a ser cancelados. Steve Harris, baixista e membro fundador da banda, percebia que além da dependência química, Di’Anno não possuía a capacidade técnica e artística para o perfil de vocalista que ele tinha em mente para o Iron Maiden. O baixista idealizava um vocalista que além do potencial vocal, tivesse uma habilidade dramática, teatral, bem condizente com o perfil do Iron Maiden. Embora já tivesse gravado dois álbuns

“Gol de Quem?” (Plug/BMG-Ariola, 1995), Pato Fu

Imagem
Por Sidney Falcão A década de 1990 viu surgir uma nova geração de bandas do pop rock mineiro que iria ganhar visibilidade no cenário musical brasileiro. Bandas como Skank, Jota Quest, Virna Lisi, Tianastácia entre outras, partiam de Minas Gerais para se tornarem presenças frequentes nos programas de TV, nas paradas de sucesso de rádio e em ginásios e arenas de todo o Brasil. E daquela geração de bandas mineiras que começava a ganhar projeção nacional estava Pato Fu, que em pouco tempo, se tornariam uma das mais destacadas daquela geração. A banda surgiu como um trio em 1992, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, a partir de um outro conjunto, Sustados por 1 Gesto, da qual faziam parte John Ulhoa (vocais, guitarra solo, violão e programações eletrônicas) e Ricardo Koctus (baixo e vocais de apoio). Os dois se juntaram a Fernanda Takai (vocal, violão e guitarra-base), que havia feito parte da banda Fernanda & 3 do Povo. O trio formado foi batizado de Pato Fu, nome inspirad

“Thick As A Brick” (Island Records, 1972), Jethro Tull

Imagem
Por Sidney Falcão Na época em que foi lançado, o álbum Aqualung (1971) foi classificado pela crítica musical como “álbum conceitual” devido ao fato do disco ser dividido por duas linhas temáticas distintas. Enquanto o lado 1 trata sobre os aspectos da natureza humana, tendo como o mendigo chamado Aqualung e a prostituta colegial Cross Eyed Mary como personagens centrais, o lado 2 tem uma abordagem voltada para a religião e o espiritualismo, sob uma visão bastante crítica e pessimista. Não haviam dúvidas para a crítica musical sobre Aqualung : se tratava de um “álbum conceitual”, segundo a sua visão. Tal classificação deixou o vocalista, flautista e líder da banda Jethro Tull, Ian Anderson, bastante irritado. Anderson discordava completamente da classificação. Dizia que Aqualung não era um “álbum conceitual”. Em resposta à classificação da crítica, só para provocar, Anderson decidiu que o próximo álbum do Jethro Tull seria um “álbum conceitual”. Sobre isso ele disse: “Vamos dar a