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Mostrando postagens de novembro, 2021

“Fragile”(Atlantic Records, 1971), Yes

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Por Sidney Falcão Início da década de 1970. O rock progressivo era naquele momento uma das vertentes mais promissoras do rock, em meio a outras novas vertentes roqueiras que também ganhavam projeção como o heavy metal e o glam rock. A banda inglesa Yes era uma das grandes promessas do rock progressivo na época, graças ao sucesso do seu terceiro álbum de estúdio, The Yes Album , lançado em fevereiro de 1971. O álbum praticamente salvou o Yes de ser dispensado pela gravadora Atlantic Records, após o fracasso comercial dos seus dois primeiros álbuns, Yes (1969) e Time And A Word (1970). Logo após a turnê de The Yes Album, o Yes começou por volta de julho de 1971 os ensaios para as gravações do seu próximo álbum de estúdio, o sensacional Fragile . Havia um consenso entre os integrantes do Yes de que a banda deveria adotar o sintetizador, instrumento moderno que várias bandas de rock e de música pop começavam a usar. Até aquele momento, os instrumentos de teclados que o Yes usava eram

“Construção” (Philips, 1971), Chico Buarque

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Por Sidney Falcão Quando a ditadura militar, instaurada no Brasil em 1964, impôs no final de dezembro de 1968 o AI-5 (Ato Institucional Nº 5), a situação político-social que já era ruim no país, se tornou ainda pior. O ato dava plenos poderes ao governo militar, dando-lhes o direito de censurar, prender e torturar qualquer um que se voltasse contra o regime ditatorial. Artistas, intelectuais e políticos vistos como inimigos do regime autoritário como os cantores Caetano Veloso e Gilberto Gil, os diretores teatrais Augusto Boal (1931-2009) e José Celso Martinez Corrêa, os cineastas Cacá Diegues Glauber Rocha (1939-1981), os artistas plásticos Antonio Dias (1944-2018), Hélio Oiticica (1937-1980), Lygia Clark (1920-1988) entre outros, foram obrigados a deixar o Brasil e buscar refúgio no exterior. Nessa leva de pessoas que deixaram o Brasil e partiram para o exílio no exterior estava o cantor e compositor carioca Chico Buarque de Hollanda. Chico havia despontado no cenário musical bra

“Psicoacústica” (Warner, 1988), Ira!

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Por Sidney Falcão O ano de 1987 foi bastante proveitoso para a banda Ira!. O quarteto paulista desfrutava de grande prestígio graças ao sucesso do seu segundo álbum, Vivendo e Não Aprendendo , lançado em agosto de 1986. Quase todas as faixas estouraram nas paradas radiofônicas. Uma delas, “Flores em Você”, foi tema de abertura da novela O Outro , da TV Globo em 1987. Vivendo e Não Aprendendo vendeu mais de 250 mil cópias, e garantiu ao Ira! o convite para tocar no Festival Hollywood Rock, em janeiro de 1988. No entanto, a banda chegou a ter desentendimento com os organizadores daquele festival. Segundo o Ira! a organização do festival dava um melhor tratamento aos artistas estrangeiro do que aos artistas brasileiros. Infelizmente, o Ira! não teve o apoio dos outros colegas brasileiros nesse enfrentamento, e acabou ficando sozinho. Coincidência ou não, a banda ficou longos anos ser convidada para participar dos grandes festivais de rock no Brasil que envolvesse artistas nacionais e