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Mostrando postagens de outubro, 2019

“As Quatro Estações” (EMI, 1989), Legião Urbana

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    Por Sidney Falcão O ano era 1988, a Legião Urbana estava em plena turnê do seu terceiro álbum, Que País É Este (1978/1987) , lançado em outubro do ano anterior e que trazia músicas que estavam entre as mais tocadas no rádio como “Que País É Este”, “Faroeste Caboclo”, “Angra dos Reis” e “Eu Sei”. De norte a sul do Brasil, os shows daquela turnê eram disputadíssimos, sempre com plateia lotada. Todos queriam ver a Legião Urbana tendo à frente Renato Russo (1960-1996), vocalista que havia sido elevado pelo público e pela crítica a porta-voz daquela geração de jovens. Tudo ia muito bem naquela turnê até o dia 18 de junho de 1988, quando a Legião Urbana se apresentou no fatídico show no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, capital do Brasil e cidade natal da banda. Desorganização por parte da empresa que promoveu o show, superlotação do estádio, indisciplina de uma parcela do público, segurança insuficiente, acabaram gerando uma das maiores confusões já ocorridas em concert

“Led Zeppelin II” (Atlantic Records, 1969), Led Zeppelin

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O Led Zeppelin começou o ano de 1969 voando alto com uma agitada sequência de turnês pela a América do Norte e Europa, e que se estenderia ao longo daquele ano. E não era para menos: a boa receptividade por parte do público pelo primeiro e homônimo álbum do quarteto inglês, lançado em janeiro daquele ano, acabou lotando a agenda de shows da banda. Para aproveitar a boa maré, o Led Zeppelin já pensava no segundo álbum. Como a agenda da banda estava apertada e o tempo era escasso, as músicas para o álbum seguinte foram compostas e gravadas durante as turnês do primeiro álbum. A cada cidade que o Led Zeppelin passava para fazer show, a banda alugava um estúdio local para gravar material, e depois partiam para a próxima cidade para se apresentar. Por causa disso, aconteceram situações curiosas como uma música ter a base instrumental gravada em Londres, a voz em Nova York, a gaita em Vancouver e a mixagem em Nova York. As sessões de gravação do segundo álbum ocorreram nos estú

“Õ Blésq Blom” (Warner, 1989), Titãs

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O ano era 1989, e o então octeto paulista Titãs estava no primeiro escalão do rock brasileiro. Naquele momento, disputavam acirradamente com Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso e Engenheiros do Hawaii, o posto de banda de rock mais importante do Brasil. Os Titãs desfrutavam de uma popularidade invejável conquistada através do sucesso de público e de crítica dos álbuns Cabeça Dinossauro (1986) e Jesus Não Tem Dentes No País Dos Banguelas (1987). A banda estava com um prestígio tão grande que em julho de 1988, se apresentaram no Festival de Jazz de Montreux, na Suíça. A apresentação foi registrada e foi lançada naquele mesmo ano no álbum Go Back , o primeiro álbum gravado ao vivo dos Titãs. Para o próximo álbum de estúdio, os Titãs poderiam muito bem repetir a “fórmula” de Cabeça Dinossauro ou de Jesus Não Tem Dentes No País Dos Banguelas , álbuns de grande sucesso comercial, afinal, como diz o ditado, “em time que está ganhando, não se mexe”. Mas os Titãs pareciam mesmo dis