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Mostrando postagens de julho, 2019

“Highway To Hell” (Albert/Atlantic Records, 1979), AC/DC

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Por Sidney Falcão Janeiro de 1979. Uma reunião na sede da gravadora Atlantic Records, no Rockefeller Plaza, em Nova York, nos Estados Unidos, teve como pauta o futuro do AC/DC dentro companhia. Presentes na reunião, Jerry Greenberg (presidente da Atlantic Records), Michael Kleffner (um dos executivos da Atlantic) e Michael Browning (empresário do AC/DC). Apesar da boa repercussão na Europa dos recentes álbuns do quinteto australiano naquela época, Let There Be Rock (1977), Powerage (1978) e o ao vivo If You Want Blood You've Got It (1978), esses mesmos trabalhos tiveram um desempenho comercial pífio no mercado norte-americano naquele momento. Na parada norte-americana de álbuns, por exemplo, enquanto Powerage ficou em 133º lugar, Let There Be Rock se posicionou no distante 154º lugar, deixando a Atlantic Records bastante insatisfeita. Se o objetivo da Atlantic, gravadora responsável pelo lançamento mundial dos álbuns do AC/CD era fazer a banda conquistar o mercado dos

“Do Cóccix Até O Pescoço” (2002), Elza Soares

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As gerações mais recentes tomaram conhecimento de Elza Soares através do seu aclamadíssimo álbum A Mulher Do Fim Do Mundo , lançado em 2015, um trabalho inovador e instigante. O álbum apresentou uma cantora que mesmo após ter passado os 80 anos de idade, estava completamente em sintonia com as novas tendências da música pop contemporânea, bem como mostrou uma artista completamente envolvida com temas, infelizmente tão atuais e ainda necessários como racismo, homofobia e violência doméstica. Contudo, para Elza chegar ao inovador A Mulher Do Fim Do Mundo , não foi algo que veio do nada. É preciso voltar no tempo, até o começo 2002, quando ela havia lançado o seu trigésimo álbum, Do Cóccix Até O Pescoço , no qual a veterana cantora já fazia experimentações musicais, mesclando samba, soul, funk, rap e pop eletrônico. Até a década de 1970, Elza Soares costumava lançar regularmente um novo álbum anualmente, o que permitia uma presença constante da cantora na grande mídia. Porém

“Here's Little Richard” (Specialty, 1957), Little Richard

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Por Sidney Falcão Richard Wayne Penniman nasceu em pleno Natal de 1932, em Macon, Geórgia, Estados Unidos. Filho de pai que ganhava a vida contrabandeando bebida clandestina, e de mãe membro de Igreja Batista, Richard era o terceiro filho de um total de doze que o casal Penniman pôs no mundo. Sua família era bastante religiosa e conservadora, o que iria gerar mais tarde conflitos entre o futuro astro do rock e seu pai.    Na infância, Richard começa a cantar música gospel numa igreja evangélica que sua família frequentava, em Macon. Aprende a tocar saxofone e piano na adolescência. E é justamente na adolescência que os conflitos entre Richard e seu pai se tornam intensos. O estopim foi a homossexualidade de Richard que se revela mais aflorada, o que motiva seu pai a expulsá-lo de casa aos 15 anos de idade. Expulso de casa, Richard ganha o mundo e inicia a sua carreira profissional cantando nos shows itinerantes de Doctor Nubillo. Entre 1949 e 1950, integrou a orques