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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

“Jorge Ben” (Philips, 1969), Jorge Ben

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Por Sidney Falcão Após o estrondoso sucesso do seu primeiro álbum, Samba Esquema Novo , em 1963, Jorge Ben (hoje Jorge Ben Jor) sofreu uma pressão da gravadora Philips para que o cantor repetisse a mesma “fórmula” do seu trabalho de estreia nos álbuns posteriores. A pressão acabou criando uma tensão entre o cantor e a gravadora, até que após o lançamento do álbum Big Ben , em, 1965, a situação ficou insustentável, e Jorge deixou a companhia naquele ano. Sem gravadora, Jorge passou por um período como “artista independente”. No ano seguinte, em 1966, a convite do Ministério das Relações Exteriores do governo do Brasil, Jorge Ben fez algumas apresentações nos Estados Unidos ao lado de Sérgio Mendes e o seu conjunto Brasil 66. Aliás, Sérgio Mendes e o Brasil 66 gravaram “Mas Que Nada”, de Jorge Ben, e a música fez um sucesso fenomenal nos Estados Unidos, onde a música alcançou o 4° lugar na parada da Billboard Adult Contemporany , um feito raríssimo na música brasileiro. Em 1965, Jorg

“Roupa Nova” (Polygram, 1982), Roupa Nova

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Por Sidney Falcão O Roupa Nova é uma das bandas mais longevas da história da música brasileira. A banda carioca é reconhecida pela qualidade técnica dos seus integrantes, seja nas harmonizações vocais ou na habilidade com os instrumentos que tocam. Não à toa, o Roupa Nova sempre foi bastante requisitado como banda de estúdio para gravação de discos dos mais diversos artistas, dentre os quais Rita Lee, Gal Costa, Erasmo Carlos, Guilherme Arantes, Nara Leão, Roberto Carlos, Nana Caymmi, Milton Nascimento, entre tantos outros. A lista é enorme. A experiência, a versatilidade e o domínio técnico do Roupa Nova são heranças dos tempos anteriores à fama, ainda quando o grupo se chamava Os Famks e atuava como banda de baile no subúrbio do Rio de Janeiro nos anos 1970, tocando desde sucessos nacionais aos internacionais. Isso acabou dando uma grande bagagem musical aos seus integrantes. Além de tocar em bailes, Os Famks chegaram a lançar dois álbuns, mas sem grande repercussão. Contudo, a

Moving Pictures (Mercury, 1981), Rush

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Por Sidney Falcão Na segunda metade dos anos 1970, o rock progressivo encontrava-se em franca decadência. A disco music era a grande sensação daquele momento, dominando as paradas de sucesso, vendagens de discos e, claro, as pistas de dança em todo o mundo. Enquanto isso, o punk e a new wave propagavam um sopro de renovação no rock através do surgimento de uma nova geração de bandas e cantores. A estética, o excesso de virtuosismo e pretensão do rock progressivo tornaram o estilo anacrônico aos olhos de um novo público roqueiro que surgia. Bandas progressivas como Yes e Emerson Lake & Palmer, por exemplo, eram vistas como “ultrapassadas”, verdadeiros “dinossauros”. O Pink Floyd, ainda gozava de algum prestígio, mas vivia conflitos internos que prenunciavam o começo do fim. Por outro lado, algumas poucas bandas do rock progressivo conseguiram se reinventar em meio àquele cenário de transformação. Buscaram novos caminhos e se deram bem. Neste caso, Genesis e Rush foram exemplos b