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Mostrando postagens de agosto, 2022

“We Are Family” (Cotillio, 1979), Sister Sledge

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Por Sidney Falcão Foi através do álbum We Are Family que o quarteto vocal norte-americano Sister Sledge alcançou a fama em escala mundial no final dos anos 1970. Faixas como “He's The Greatest Dancer”, “Lost in Music”, “Thinking Of You” e a famosíssima faixa-título, estouraram nas paradas de sucesso radiofônico e invadiram as pistas das discotecas de todo o planeta, impulsionando as vendas do álbum que superou a marca de um milhão de cópias vendidas somente nos Estados Unidos. O que pouco gente sabe é que o álbum We Are Family praticamente salvou o Sister Sledge de uma dissolução. A história do quarteto começou no final dos anos 1960, no estado americano da Pensilvânia, mais precisamente na Filadélfia, cidade natal das irmãs Debbie Sledge, Joni Sledge (1956-2017), Kim Sledge e Kathy Sledge. As quatro irmãs nasceram numa família de artistas, onde o pai foi dançarino e sapateador, enquanto que a mãe foi dançarina e atriz. Mas foram com a avó materna, uma ex-cantora de ópera, q

“Ney Matogrosso” (Ariola, 1981), Ney Matogrosso

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Por Sidney Falcão Embora já estivesse em carreira solo e com seis álbuns solos no currículo, alguns deles bem avaliados pela crítica, Ney Matogrosso iniciava os anos 1980 sem conseguir se desvencilhar da aura dos Secos & Molhados , conjunto musical que foi um fenômeno pop na música brasileira no começo dos anos 1970 e que revelou o cantor mato-grossense. Nem mesmo o fato da sua versão para “Não Existe Pecado Ao Sul do Equador”, de Chico Buarque, ter sido tema de abertura da novela Pecado Rasgado , da TV Globo, em 1978, e ter feito sucesso no rádio, não foi suficiente para o artista se livrar das amarras do seu antigo conjunto. Se por um lado a carreira solo de Ney havia conquistado o respeito da crítica, isso não se traduzia comercialmente. Os discos de Ney vendiam pouco. As vendas “astronômicas” do primeiro disco dos Secos & Molhados, em 1973, ainda estavam frescas na memória de todos, e talvez esperassem que isso se repetisse com Ney já que era ele a grande estrela daquel

10 discos essenciais: Clara Nunes

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Por Sidney Falcão Clara Francisca Gonçalves Pinheiro nasceu em 12 de agosto de 1942 nasceu no povoado de Cedro, na época distrito do município de Paraopeba, no estado de Minas Gerais. O povoado se emancipou em 1954, e foi rebatizado para Caetanópolis. A futura cantora era filha caçula de um total de sete filhos. Sua mãe era dona de casa e seu pai era marceneiro, mas que nas horas vagas, era violeiro. Aos dois anos de idade, Clara ficou órfã de pai, que morreu num atropelamento. Quatro anos depois, a mãe de Clara morreu vítima de câncer. Passou a ser criada pela sua irmã mais velha, Maria Gonçalves, a “Dindinha”. Em 1956, aos 14 anos, Clara começou a trabalhar como tecelã na fábrica de tecidos Cedro & Cachoeira, na sua cidade natal para ajudar nas despesas da casa. Sua vida sofreu a primeira mudança aos 16 anos, quando mudou-se às pressas para a casa de uma tia em Belo Horizonte, após seu irmão, José Gonçalves, conhecido como Zé Chilau, matar um ex-namorado de Clara, que difamou

10 discos essenciais - Caetano Veloso

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Por Sidney Falcão Com uma carreira tão longeva e uma obra tão vasta e sólida, Caetano Veloso é um dos mais importantes e influentes artistas da história da música popular brasileira. Desde que começou a sua carreira nos anos 1960, Caetano sempre se mostrou sintonizado com o novo, com as mudanças e revoluções nas artes, mas sem abrir mão das tradições culturais que serviram de alicerce para a sua formação como artista. Caetano Emanuel Vianna Telles Velloso nasceu em 7 de agosto de 1942, em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, quinto filho de sete filhos do casal José Telles Velloso (1901-1983), funcionário público do Departamento de Correios e Telégrafos, e de Claudionor Vianna Telles Velloso (1907-2012), dona de casa, mais conhecida como Dona Canô. Aos cinco anos de idade, Caetano já revelava seu gosto pelas artes, interessando-se por pintura, desenho e música. Gostava de ouvir rádio, especialmente as músicas de Luiz Gonzaga (1912-1989). Em 1959, já adolescente, Caetano descobre