Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2024

"The Works" (EMI Records, 1984), Queen

Imagem
Por Sidney Falcão Se houve um álbum que gerou uma grande polêmica na trajetória do Queen, sem sombra de dúvidas foi Hot Space , lançado em 1982. Talvez empolgada com o sucesso de "Another One Bites The Dust", faixa do álbum The Game (1980), onde a banda britância flertou com o funk e a disco music, e fez uso de sintetizadores pela primeira vez (assim como nas outras faixas daquele álbum), o Queen apostou todas as suas fichas numa imersão ainda maior na sonoridade eletrônica em Hot Space .   O problema é que a incursão mais profunda do Queen numa musicalidade mais pop e eletrônica em Hot Space em detrimento ao rock clássico e imponente que consagrou o quarteto britânco, não foi bem "digerido" pelos fãs e pelo jornalismo musical. A banda exagerou na dose e o álbum foi completamente execrado pelo público e pela crítica. A única coisa que se salvou em Hot Space foi a faixa "Under Pressure", que contou com a participação especial de David Bowie, que torno

"Músicas Para Churrasco - Vol.1" (Universal Music, 2011), Seu Jorge

Imagem
Por Sidney Falcão Na transição dos anos 2000 para os 2010, o multifacetado artista carioca Seu Jorge despontava como uma das figuras mais promissoras de sua geração. Com destaque tanto no cenário nacional quanto internacional, o cantor, compositor e ator já carregava em seu currículo quatro álbuns de estúdio, além do marcante projeto Almaz, em parceria com membros da banda Nação Zumbi, que resultou no álbum Seu Jorge And Almaz . No campo cinematográfico, atuou em produções memoráveis como Sleepwalkers (2007), The Escapist (2008) e Tropa de Elite 2 (2010). Em 2011, decidindo retomar sua carreira solo após uma pausa na atuação cinematográfica, Seu Jorge rompeu um hiato de quatro anos sem lançamentos individuais desde o aclamado América Brasil - O Disco , de 2007, que brindou o público com hits como "Burguesinha" e "Mina do Condomínio". A mente criativa de Seu Jorge já fervilhava com a concepção de um novo álbum enquanto ainda ecoavam os acordes do experimental

"Kindala" (Polygram, 1991), Margareth Menezes

Imagem
Por Sidney Falcão Segundo o idioma kimbundu, "kindala" significa "agora". A expressão africana dá título ao terceiro álbum de estúdio de Margareth Menezes. Juntamente com Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Claudia Leitte, Margareth Menezes forma o quarteto das vozes femininas mais importantes da axé music. No entanto, Margareth se diferencia das suas três colegas por praticar uma musicalidade engajada em defesa da herança da cultura afro-brasileira. Artista versátil, a cantora baiana incorpora em seu trabalho uma ampla variedade de ritmos afro-brasileiros, como samba e ijexá, estilos de música negra contemporâneos como o reggae e o afrobeat, passando por estilos afro-caribenhos. Sua voz poderosa e expressiva é sua marca registrada, transmitindo emoção e energia em suas performances. A carreira de Margareth é marcada por inovação e criatividade, demonstrando uma capacidade contínua de mesclar tradição e inovação em suas produções. Filha de um pai motorista e uma