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Mostrando postagens de dezembro, 2019

“Rita Lee” (Som Livre, 1979), Rita Lee

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Por Sidney Falcão O ano de 1977 foi bastante intenso para Rita Lee : ela cumpria um ano de prisão domiciliar por porte e uso de maconha (coisa que ela sempre negou por estar grávida na época em que foi presa, em 1976), o nascimento do seu primeiro filho com o marido Roberto de Carvalho, e por fim, depois que cumpriu a prisão domiciliar, a turnê Refestança , com Gilberto Gil, que passou pelas principais cidades brasileiras no final daquele ano, juntando as bandas de apoio dos dois artistas e que resultou no álbum gravado ao vivo Resfetança . Em abril de 1978, Rita Lee & Tutti Frutti retomaram a sua jornada discográfica com um novo álbum de estúdio após dois anos, Babilônia . O álbum emplacou dois grandes sucessos, “Miss Brasil 2000” e “Jardins da Babilônia”, e trazia uma Rita Lee fazendo um aceno para a sonoridade pop. Porém, mal o álbum foi lançado, a banda Tutti-Frutti dissolveu-se, consequentemente pondo fim à parceria com Rita Lee. Mesmo Rita Lee & Tutti-Frutt

“London Calling” (CBS, 1979), The Clash

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Por Sidney Falcão O movimento punk sacudiu o cenário musical britânico em 1977 sem deixar pedra sobre pedra. Embora causasse toda uma transformação na música no Reino Unido e influenciasse o rock e a música pop no resto do planeta, o punk começou a perder fôlego já em 1978. A implosão dos Sex Pistols naquele ano foi a senha para que se percebesse que um ciclo estava se encerrando. A morte do baixista dos Pistols, Sid Viscious, em fevereiro de 1979, foi a pá de cal para o encerramento desse ciclo. Se por um lado, a avalanche punk chegava ao fim, um novo momento musical no Reino Unido iniciava com a chegada do que ficou conhecido como pós-punk, que trazia dezenas de bandas dos mais variados estilos, mas que carregavam no seu “DNA musical” o principal legado do punk: o “faça você mesmo”. Enquanto o punk havia se fragmentado e dado origem a um leque de estilos e tendências, um dos seus principais representantes seguia firme e forte, tentando sobreviver: o The Clash. O q

“Mel” (Philips, 1979), Maria Bethânia

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Por Sidney Falcão  Maria Bethânia ainda desfrutava do estrondoso sucesso do álbum Álibi , lançado em 1978, quando em novembro de 1979, entrou em estúdio para gravar um novo álbum. No mês seguinte, em dezembro, chegava às lojas o novo álbum de Bethânia, Mel , um verdadeiro presente de Natal para os fãs. Produzido por Perinho Albuquerque, o mesmo produtor do bem-sucedido Álibi , Mel seguiu a mesma concepção de seu antecessor, trazendo canções românticas com forte acentuação passional e sexual, sem, no entanto, cair no melodrama barato. Mel traz canções de compositores consagrados como Caetano Veloso, Waly Salomão (1943-2003), Gonzaguinha (1945-1991), Chico Buarque, Lupicínio Rodrigues (1914-1974), mas também canções de uma nova geração de compositoras que despontavam naquele final dos anos 1970 como Ângela Rô Rô, Ana Terra e Joyce. Mel começa com a canção que dá nome ao álbum, composta pelo poeta Waly Salomão e Caetano Veloso. Os versos de Waly musicados por Caetano,