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Mostrando postagens de outubro, 2016

“Madonna”(1983), Madonna

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Em 1983, o mundo vivia "chapado" com o mega sucesso do álbum Thriller,  de Michael Jackson, lançado no final de 1982. Enquanto isso, em jjulho de 1983, chegava às lojas o primeiro álbum de uma jovem cantora loirinha, de descendência italiana, e que se tornaria a maior cantora pop de todos os tempos: Madonna. Madonna em 1983 O primeiro disco de Madonna, que leva simplesmente o nome da cantora - também chamado de Firts Album - era o resultado da vivência musical dela, uma combinação de rock, pop e referências da disco music. Já ali, no primeiro disco, através de faixas como "Everybody" e "Physical Attraction", Madonna já era provocativa e mostrava em pequenas doses, a estrela com forte apelo sexual que viria a ser mais à frente. O disco também mostra o propósito de Madonna, o de ser uma cantora especialista em músicas dançantes, uma clara herança dos tempos em que fizera balé e frequentava as discotecas de Nova York no final dos anos 197

"Usuário”(1995), Planet Hemp

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Os anos 1990 para o rock brasileiro começaram em 1994, já na "meiuca" daquela década. Lançados naquele ano, os álbuns Da Lama ao Caos, do Chico Science & Nação Zumbi, e Raimundos , dos próprios Raimundos, traziam a reboque uma nova geração do rock nacional mostrando que o gênero estava revigorado após penar muito no começo da década, onde o que imperavam era o brega sertanejo, axé music e a febre da lambada (sangue de Cristo tem poder!). Dessa nova leva de bandas do rock "brazuca" dos anos 1990, fazia parte o Planet Hemp. Em1995, a banda carioca lançava o seu álbum de estreia, o Usuário, que trazia na sua receita sonora uma mistura potente de rock, rap, hardcore, punk e metal. O Planet chegou cercado de muita polêmica ao defender a bandeira da legalização da maconha, ficando isso claro desde o título do álbum até na letra de boa parte das faixas do disco. Planet Hemp em 1995 Apesar da polêmica e das tretas com a Justiça e a pol

"Olhar" (1985), Metrô

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1985 foi um dos anos mais férteis para o rock brasileiro na década de 1980. Foi um ano de safra muito boa de álbuns e alguns deles se tornaram verdadeiros patrimônios do rock nacional. Revoluções Por Minuto (RPM), Nós Vamos Invadir A Sua Praia (Ultraje), Educação Sentimental (Kid Abelha), Legião Urbana (Legião) foram lançados naquele ano e se tornaram clássicos do rock brasileiro. Não é à toa, num momento em que o rock brasileiro vive uma das suas piores fases no mainstream, que discos clássicos do rock nacional lançados em 1985 receberam homenagens pelos 30 anos de lançamento através de artigos na imprensa, relançamentos ou shows especiais. Um álbum que chegou ao "clube dos 30" é o subestimando Olhar, álbum de estreia do Metrô. O quinteto paulista formado por quatro marmanjos e uma garota, Virginie Adéle (hoje Virginie Boutaud ), começou como uma banda de rock progressivo no final dos anos 1970, e depois do "boom" do novo rock nacional no começo da

"Highway 61 Revisited" (1965), Bob Dylan

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Lançado em agosto de 1965,  Highway 61 Revisited   é talvez o mais marcante álbum da carreira de Bob Dylan. Marcante não só para a carreira de Dylan, mas também para a folk music e para o rock. Nesse disco, Dylan dava continuidade ao processo de eletrificação da sua música que ele começara com o também marcante álbum  Bringing It All Back Home,  lançado cinco meses antes no mesmo ano de 1965 e que já havia chocado os mais conservadores amantes da folk music por causa da presença da guitarra elétrica. Era só o começo da revolução e do confronto. Bob Dylan Se em  Bringing It All Back Home , apenas o lado A era elétrico, em  Highway 61 Revisited   tudo é elétrico, cheio de guitarras e órgão elétrico (pilotado pelo tecladista Al Cooper), excetuando a última faixa do lado B, "Desolation Row", que com seus pouco mais de onze minutos, é a única faixa acústica do disco. E por causa disso, o álbum é um divisor de águas na carreira de Dylan, e marca definitivamente a sua apr

“Dois”(1986), Legião Urbana

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Num momento em que Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá estão em excursão com o projeto “Legião Urbana XXX anos” celebrando os 30 anos do primeiro álbum da Legião, lançado em 1985, passou completamente “batido” os 30 anos de Dois , o segundo álbum da banda, lançado no final de julho de 1986. Dois é um álbum que marcou a minha geração não só pela sua qualidade musical, mas também pelo texto de suas canções. Conseguiu atravessar a barreira do tempo e conquistou novas gerações. A princípio, o projeto do segundo álbum da Legião seria o de um álbum duplo, cujo título era Mitologia & Intuição . Mas a gravadora EMI achou arriscado lançar um álbum duplo de inéditas, e decidiu lançar o trabalho como álbum simples. Com o cancelamento do formato álbum duplo, faixas como “Faroeste Caboclo”, Tédio (Com Um T Bem Grande Pra Você)” e "Conexão Amazônica" acabaram ficando para o álbum seguinte, Que País É Este 1978/1987 , lançado em 1987. Dois contaria com um cover, “Juízo Final

"(What's The Story) Morning Glory?" (1995), Oasis

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Se a primeira na metade dos anos 1990, o mainstream do rock mundial foi de domínio dos americanos com o grunge, na segunda metade daquela mesma década ele foi de completo domínio dos ingleses com o britpop. A morte de Kurt Cobain em 1994 decretou não só o fim do Nirvana como também o declínio do grunge. Por sua vez, naquele mesmo ano, uma nova geração de bandas britânicas surgia trazendo o britpop como a grande novidade para o rock mundial. E o Oasis estava nesse meio com o seu primeiro álbum, o  Definitely Maybe . Mas foi com (What's The Story) Morning Glory?, o segundo álbum, que o Oasis assumiu o comando daquela nova geração do rock britânico. O disco foi um fenômeno de vendas - apesar da crítica ter torcido o nariz - a tal ponto de ser o terceiro álbum mais vendido da história da indústria fonográfica do Reino Unido. Em (What's The Story) Morning Glory? estão todos os elementos que caracterizam o britpop, desde as melodias caprichadíssimas contrastando com g

"Viva"(1986), Camisa de Vênus

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Há 30 anos, o Camisa de Vênus lançava o seu primeiro álbum gravado ao vivo, o Viva, um dos discos que marcaram a minha adolescência. O Camisa foi a primeira banda da geração do rock nacional dos anos 1980 a lançar um álbum ao vivo. Ainda em 1986, poucos meses depois do Camisa, outros astros do rock nacional lançaram seus primeiros discos ao vivo como RPM e o seu Rádio Pirata Ao Vivo , Marina Lima com Todas Ao Vivo e o Kid Abelha com Kid Abelha - Ao Vivo . Gravado durante um show da banda baiana no Caiçara Music Hall (já extinto), em Santos/SP, no dia 8 de março de 1986, Viva é um dos melhores álbuns gravados ao vivo do rock brasileiro. O disco captou muito bem como o Camisa era “matador” no palco naquela época. A gravadora não usou nenhum tipo de processo de pós-produção pra “retocar” o material gravado, nenhum overdub, nenhum tipo de correção, nada, diferente do que ocorreu com o Rádio Pirata Ao Vivo que segundo a turma do Camisa, o disco ao vivo do RPM teria sofrido uma