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Mostrando postagens de dezembro, 2020

“Ed Motta & Conexão Japeri” (Warner, 1988), Ed Motta & Conexão Japeri

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Por Sidney Falcão No final dos anos 1980, o rock brasileiro ainda tinha fôlego e presença frequente nas paradas radiofônicas do Brasil. Mas eis que em 1988, um vozeirão de um garoto de 17 anos de idade, cheio de swing funk/soul, começa a despontar nas paradas de sucesso em meio a tantas bandas de rock, cantando que um tal de “Manuel foi pro céu” . Era Ed Motta & Conexão Japeri, uma banda carioca liderada por um garoto adolescente gordinho e marrento, cantando funk e soul como um veterano. O talento e a personalidade forte já estavam no seu “DNA musical”: Ed Motta, o vocalista, era sobrinho de Tim Maia (1942-1998), o soulman maior da música brasileira. Sua mãe, Luzia Motta, era irmã de Tim Maia. Desde a infância, Ed Motta já revelava a sua veia musical e um fascínio pela música negra americana. Ainda criança, nos anos 1970, ouvia discos de soul music , funk, disco music e rock. Na adolescência, iniciou a carreira artística como vocalista de uma banda de hard rock, no Rio de Jane

“John Lennon/Plastic Ono Band” (Apple Records,1970), John Lennon

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Por Sidney Falcão Por volta de março de 1970, John Lennon e Yoko Ono viajaram para Los Angeles, nos Estados Unidos, onde iniciaram um tratamento com o psicólogo Arthur Janov, chamado “terapia primal”. John buscava tratar-se dos traumas de sua infância motivados pelo abandono do seu pai e a morte de sua mãe. No auge desse tipo de terapia, quando os traumas do passado do paciente alcançam uma grande intensidade, ele é incentivado soltar um grande grito, o “grito primal”, através do qual toda a carga traumática reprimida é liberada. Essa terapia ministrada por Janov ajudaria não só John a encarar os traumas do seu passado com mais coragem, como também exerceria grande influência do seu próximo álbum solo, o John Lennon / Plastic Ono Band . Depois de cinco meses em Los Angeles, John e Yoko retornaram para Londres para começar as gravações do novo álbum. Boa parte do repertório foi composto na época em que o ex-beatle fazia terapia. Antes do novo álbum que iria gravar, Lennon já havia l

“Elis” (EMI-Odeon,1980), Elis Regina

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Por Sidney Falcão Em 1979, Elis Regina rompeu contrato com a gravadora Philips, após catorze anos de parceria com a companhia. A cantora gaúcha teria deixado a gravadora devendo 16 fonogramas, o que levou a companhia a lançar um álbum com sobras de estúdio e demos, o Elis Especial , muito criticado pela imprensa musical por causa da deficiência técnica da produção. O álbum trazia faixas ainda esboçadas, cruas, e que foram lançadas em disco pela gravadora meramente pelo lucro e sem o consentimento de Elis. Após deixar a gravadora Philips, Elis Regina assina com a EMI-Odeon. No entanto, ela assina, mas não cumpre o contrato. Duas semanas após assinar com a EMI, a cantora não resistiu ao convite irrecusável do amigo André Midani, diretor-presidente da gravadora Warner no Brasil na época. Midani havia trabalhado com Elis na Philips, entre os anos 1960 até por volta de 1975, quando deixou a empresa para comandar a instalação da Warner no Brasil. O convite de Midani para Elis assinar com