“Physical Graffiti” (Swan Song, 1975), Led Zeppelin
Em 1973, o Led Zeppelin dominava o mundo. Seu quinto álbum de estúdio, Houses of the Holy, lançado em março daquele ano, era um grande sucesso comercial. Com um repertório musicalmente diversificado, que ia do hard rock (“The Song Remains the Same”) ao reggae ("D'yer Mak'er"), passando pelo experimentalismo psicodélico (“No Quarter”) e pelo funk (“The Crunge”), Houses of the Holy alcançou o 1º lugar na Billboard 200, nos Estados Unidos, onde vendeu mais de 11 milhões de cópias. O álbum liderou também a parada de álbuns do Reino Unido, Austrália e Canadá, e foi 3º lugar na parada de álbuns do Japão. O lançamento de Houses of the Holy foi acompanhado de uma intensa turnê europeia num espaço de um mês, que foi emendada por uma turnê americana, na qual, só no Tampa Stadium, na Flórida, a banda se apresentou para um público de 56.800 pessoas, quebrando o recorde do concerto dos Beatles, em 1965, no Shea Stadium, também na Flórida. Em julho de 1973, as três noites de concerto do Led Zeppelin no Madison Square Garden, em Nova York, foram registradas e lançadas como um filme-documentário e um álbum duplo intitulado The Song Remains the Same, mas que só foram lançados em 1976.
Para se ter uma ideia do tamanho da turnê americana e do nível de popularidade que o Led Zeppelin havia alcançado, a banda precisou alugar um avião Boeing 720 para poder cruzar com mais facilidade os Estados Unidos de ponta a ponta para fazer os seus concertos. Conhecido como The Starship, o avião era de propriedade do cantor Bobby Sherman e do empresário Ward Sylvester (1939-2017), que haviam firmado sociedade e reformaram todo o avião para atender às turnês dos grandes astros do rock. Entre os seus clientes estavam The Allman Brothers, Rolling Stones, Elton John e Deep Purple.
No entanto, nem todo mundo estava achando maravilhosas aquela vida agitada de turnês, a intensa exposição midiática, as pressões profissionais e os excessos que o sucesso traz (leia-se sexo e drogas). Aquela rotina massacrante havia esgotado física e emocionalmente a figura mais calma e reservada do Led Zeppelin, o baixista John Paul Jones, a tal ponto que ele chegou a ameaçar deixar a banda. O empresário do Led Zeppelin, Peter Grant (1935-1995), conseguiu contornar a situação e deu folga pelo restante do ano para Jones. Isso aconteceu por volta de novembro de 1973, quando o Led Zeppelin iria começar o processo de gravação do seu próximo álbum. As gravações acabaram sendo adiadas, e as sessões de estúdio que estavam reservadas para o Led Zeppelin no Headley Grange foram cedidas ao Bad Company, que iria gravar o seu primeiro álbum de estúdio. Curiosamente, o Bad Company havia recém-assinado contrato com o selo que o Led Zeppelin estava montando, a Swan Song.
Em janeiro de 1974, os quatro integrantes do Led Zeppelin se reuniram para começar de fato as gravações do novo álbum, que haviam sido adiadas por causa dos problemas de saúde de Jones. As gravações ocorreram no Headley Grange, uma mansão numa sossegada propriedade campestre do século XVIII, em East Hampshire, na Inglaterra, que já fora um asilo para pobres. No século XIX, a propriedade foi comprada por um milionário que a transformou em residência. Após passar por vários proprietários, a mansão passou, a partir dos anos 1960, a servir como espaço de trabalho para artistas do meio musical, fosse para compor, ensaiar ou gravar. Headley Grange já era uma velha conhecida do Led Zeppelin, pois lá a banda gravou material para os álbuns Led Zeppelin III (1970), Led Zeppelin IV (1971) e Houses of the Holy.
Para Headley
Grange, o Led Zeppelin levou o estúdio móvel de Ronnie Lane (1946-1997),
baixista da banda The Faces. O estúdio móvel dos Rolling Stones, que o Led
Zeppelin costumava usar, não estava disponível naquele momento. Durante o
período em que esteve em Headley Grange, o Led Zeppelin gravou oito músicas:
“Custard Pie”, “In My Time of Dying”, “Trampled Underfoot”, “Kashmir”, “In the
Light”, “Ten Years Gone”, “The Wanton Song” e “Sick Again”.
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Led Zeppelin com o The Starphip, um Boeing 720 que ajudou a banda britânica a cruzar os Estados Unidos durante as turnês americanas. |
Mas, devido à longa duração de algumas faixas, os membros da banda se deram conta de que, juntas, extrapolaram o tempo médio de um LP, cerca de 45 minutos. Foi então que decidiram que o novo seria um álbum duplo, um formato que agradaria principalmente a Jimmy Page, que já nutria o desejo de um álbum duplo para o Led Zeppelin. Para completar o álbum duplo, a banda recorreu a sobras de gravações que ficaram de fora dos álbuns anteriores, como “Bron-Yr-Aur” (das gravações de Led Zeppelin III, em 1970), “Down by the Seaside” (das gravações de Led Zeppelin IV, em 1971) e “The Rover”, “Houses of the Holy” e “Black Country Woman”, das sessões de gravação do álbum Houses of the Holy em 1972.
Naquela época, álbum duplo era símbolo de status. Até então, grandes estrelas do rock já haviam lançado um trabalho em álbum duplo, como os Beatles, Bob Dylan, Jimi Hendrix, The Who, Rolling Stones, Elton John, Pink Floyd e Deep Purple. A banda Yes foi mais além: em 1973, havia não só lançado um álbum duplo, o Tales from Topographic Oceans, como também um álbum triplo, o Yessongs, gravado ao vivo. Mais do que nunca, havia chegado a vez do Led Zeppelin lançar o seu álbum duplo.
O primeiro álbum duplo do Led Zeppelin não poderia ser embalado em algo qualquer. Concebida pela dupla de designers gráficos Mike Doud e Peter Corriston, a capa dupla do novo álbum do Led Zeppelin, intitulado Physical Graffiti, traz na sua parte frontal a imagem dos edifícios 96 e 98, na St. Mark’s Place, em Nova York. A arte foi feita a partir de uma fotografia que passou por tratamento para chegar à imagem final, e, para se ajustar ao formato quadrado do álbum, foi necessário eliminar o quarto andar do prédio. Doud e Corriston tiveram como referência, para conceber a capa de Physical Graffiti, a capa de outro álbum, Compartments (1973), do cantor porto-riquenho José Feliciano.
A grande atração do álbum Physical Graffiti foram as janelas do prédio, nas quais apareciam as mais diversas figuras famosas, como o ator Buster Crabbe (1908-1983, o primeiro Flash Gordon do cinema), Elizabeth Taylor, Laurel e Hardy (O Gordo e o Magro), a Virgem Maria, Judy Garland, entre outros. Essas figuras aparecem nas janelas "vazadas" na capa do álbum.
Physical Graffiti foi lançado em 24 de fevereiro de 1975, quando o Led Zeppelin estava no começo da sua décima turnê pelos Estados Unidos, iniciada em 18 de janeiro do mesmo ano, enquanto a banda ainda estava em estúdio gravando o álbum. Foi o primeiro álbum do Led Zeppelin lançado pelo seu próprio selo, a Swan Song Records, que entrou em atividade em maio de 1974. Contudo, o primeiro álbum lançado pelo selo foi o álbum de estreia da banda Bad Company, que leva o nome da banda e chegou ao mercado em junho de 1974.
O álbum duplo ganhou esse título como uma referência à energia física empregada pela banda na produção, segundo afirmou Jimmy Page. Musicalmente, Physical Graffiti é uma evolução natural do álbum anterior, quando o Led Zeppelin ampliou seu leque musical, indo além da "fórmula" que consagrou o quarteto britânico: hard rock/blues/folk rock. Em Physical Graffiti, o Led Zeppelin transita com desenvoltura pelo rock progressivo, pop, música oriental, country music, funk e soft rock.
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Os edifícios 96 e 98 na St. Mark’s Place, em Nova York, serviram de referência para a capa do álbum Physical Graffiti. |
Originalmente dividido em dois LPs, Physical Graffiti é composto por 15 faixas. O álbum começa com "Custard Pie", que traz um Led Zeppelin enraizado no blues, mas com uma sonoridade mais suja e pesada. O riff distorcido de guitarra de Page, acompanhado pela gaita pantanosa de Robert Plant e pela bateria esmagadora de Bonham, dá o tom agressivo que se estende ao longo de todo o disco. Plant, com sua voz ainda se recuperando de uma cirurgia, entrega uma performance sensual e provocante, refletida também nas letras carregadas de insinuações. A faixa faz referência a ícones do blues, como Bukka White (1909-1977) e Blind Boy Fuller (1907-1941), demonstrando o respeito da banda por suas influências, mas, ao mesmo tempo, avançando com uma sonoridade que transcende o gênero.
A faixa seguinte, “The Rover”, é uma das mais dinâmicas e densas de Physical Graffiti. Originalmente concebida durante as sessões de Houses of the Holy, ela carrega uma vibração poderosa, com riffs incisivos e o groove inconfundível da bateria de Bonham. As camadas de guitarra de Page, combinadas com as linhas de baixo pulsantes de John Paul Jones, criam uma atmosfera que oscila entre o épico e o introspectivo. Os versos de Plant refletem um senso de liberdade e inquietude, mesclando visões apocalípticas com temas de jornada e busca pessoal.
Com pouco mais de 11 minutos de duração, "In My Time of Dying" é a faixa mais longa do álbum e é ela quem encerra o primeiro lado do disco 1. Trata-se de um épico que funde o blues tradicional com a intensidade do hard rock. A faixa, inspirada em “Jesus Make Up My Dying Bed”, é um blues gospel de Blind Willie Johnson (1897-1945), de 1928. É conduzida pelo slide guitar de Page, que cria um clima sombrio e hipnótico. Plant, com sua voz cheia de lamento, implora por redenção, enquanto Bonham adiciona peso com sua bateria robusta e criativa. O momento em que a faixa atinge o clímax, aos 3:45, é um dos pontos altos do álbum, quando o quarteto trabalha em perfeita sincronia para entregar uma das performances mais poderosas de sua carreira.
O lado 2 do disco 1 começa com "Houses of the Holy", música que ficou de fora do álbum anterior e que, por ironia (ou não), leva o mesmo. Porém, foi resgatada e incluída em Physical Graffiti. É uma canção leve e melodiosa, com um groove que mescla hard rock com elementos de funk. Bonham conduz a faixa com sua batida marcante e uso de cowbell ("sino de vaca"), enquanto Page oferece um solo livre e sujo de guitarra, refletindo a energia descontraída da canção. Os versos de Plant celebram a liberdade e o poder transformador da música ao vivo, um tema recorrente no álbum anterior e que ressurge com força em Physical Graffiti.
Com uma pegada funky que reflete a influência de Stevie Wonder e Billy Preston, “Trampled Under Foot” se destaca como uma das faixas mais dançantes e dinâmicas do álbum. O clavinete de John Paul Jones é o grande protagonista, criando um riff irresistível que guia a música. Jimmy Page complementa com uma guitarra repleta de efeitos de wah-wah, criando texturas sonoras que se entrelaçam com a performance vocal cheia de energia de Plant. A letra, inspirada em "Terraplane Blues" de Robert Johnson, faz uma analogia entre carros e o corpo feminino, adicionando um toque clássico de blues à faixa.
O disco 1 se encerra com “Kashmir”, uma das músicas mais inovadoras da carreira do Led Zeppelin. Com uma aura exótica e mística, "Kashmir" é considerada uma das maiores composições do Led Zeppelin, simbolizando a busca por novas sonoridades. Escrita por Robert Plant durante sua viagem ao Marrocos, a faixa captura a essência de uma jornada épica com paisagens desérticas e sonoridades grandiosas. O ritmo hipnótico é sustentado pela bateria de John Bonham, enquanto Jimmy Page usa uma afinação alternativa para criar uma atmosfera oriental. A orquestração de John Paul Jones, envolvendo cordas e metais, acrescenta uma dimensão sinfônica e dramática à música, e, em alguns momentos, cria uma musicalidade árabe. A complexidade rítmica e o lirismo introspectivo de Plant revelam uma exploração quase espiritual.
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John Bonham empregou uma levada rítmica hipnótica com sua bateria na faixa "Kashmir". |
"In the Light" abre o disco 2 e é uma das músicas mais ousadas gravadas pelo Led Zeppelin. Ela leva o ouvinte a uma jornada sombria e introspectiva, marcada pela introdução enigmática de sintetizadores de John Paul Jones. A faixa começa em uma nota melancólica e pesada, evoluindo gradualmente para uma mensagem de superação e esperança. A colaboração entre Page e Jones é notável, com Page contribuindo com camadas de som proporcionadas pela sonoridade acústica de seu violão. Apesar de ser considerada uma das músicas mais profundas e instigantes da banda, "In the Light" nunca foi tocada ao vivo, em parte devido à dificuldade de reproduzir a complexidade dos arranjos de Jones no palco.
Uma pausa serena no disco, "Bron-Yr-Aur" é uma peça acústica curta e instrumental que transporta os ouvintes para o ambiente rural que inspirou sua criação. Gravada em 1970, durante as sessões de gravação de Led Zeppelin III, a música remonta ao retiro da banda em Snowdonia, no País de Gales, e destaca o violão dedilhado com maestria por Jimmy Page. A simplicidade encantadora e agradável da faixa contrasta com o restante do álbum, oferecendo uma pausa tranquila antes da explosão de energia das faixas subsequentes.
"Down By The Seaside" é uma faixa que se destaca pelo seu clima relaxado e pela fusão de elementos de country rock com sonoridades psicodélicas. Gravada em fevereiro de 1971, durante as sessões de gravação de Led Zeppelin IV, mas finalizada para Physical Graffiti, "Down By The Seaside" explora a influência de Neil Young, tanto em termos líricos quanto no uso de efeitos de guitarra, como o tremolo de Page. A estrutura leve é rompida por uma passagem agressiva no meio da música, onde a banda explora dinâmicas contrastantes. O tema da música, com suas referências a escapar do cotidiano e se conectar com a natureza, ressoa fortemente com a era pós-hippie.
Fechando o lado 3, presente no disco 2, "Ten Years Gone" é uma balada emocional que destaca a maestria de Page em criar paisagens sonoras complexas com camadas de guitarras sobrepostas. A letra de Plant reflete sobre um amor perdido, e a música captura perfeitamente a nostalgia e a dor da lembrança. O uso de múltiplos riffs e padrões rítmicos complexos torna a faixa um dos trabalhos mais sofisticados da banda. A performance de Bonham é sutil, complementando a delicadeza dos arranjos de Page, enquanto Plant canta com uma entrega contida, mas poderosa.
Gravada
durante as sessões de Led Zeppelin IV, em fevereiro de 1971,
"Night Flight" abre o lado 4 de Physical Graffiti com
uma agradável energia pop e cativante. O destaque vai para John Paul Jones, que
escreveu a faixa em parceria com Page e Plant, dominando a cena com um órgão
Hammond C3, fazendo o pano de fundo da faixa. Além disso, Jones executa seu
baixo, que complementa perfeitamente os preenchimentos simples de Bonham e o
padrão de chimbal característico. Plant, no auge vocal em 1971, canta com confiança,
e a letra é enigmática, sugerindo um jovem sendo levado para o Vietnã, mas sem
a tristeza esperada. Embora nunca tenha sido tocada ao vivo, há registros de
uma divertida gravação de teste de som em 1973. É uma faixa que carrega o
espírito de otimismo, ainda que permeada por um tom agridoce.
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As referências de Neil Young estão presentes na faixa "Down By The Seaside". |
Uma explosão de energia pura e uma das faixas mais pesadas do álbum, "The Wanton Song" é movida por um riff frenético da guitarra de Jimmy Page, com John Paul Jones acompanhando em uníssono. O vocal rouco de Robert Plant traz um toque angustiante, enquanto Bonham se destaca com seu bumbo imponente e preenchimentos que criam ganchos percussivos memoráveis. Gravada durante as sessões de Physical Graffiti, a faixa é considerada por Page uma obra-prima de riffing, tanto que a ausência de um refrão tradicional não faz falta. O riff de guitarra de "The Wanton Song" teria influenciado "Lady of the Lake", do Rainbow, de 1978.
"Boogie With Stu" traz o piano boogie-woogie de Ian Stewart (1935-1985), membro honorário dos Rolling Stones, que define o tom dessa jam session descontraída. A faixa homenageia Richie Valens (1941-1959) com seu ritmo inspirado em "Ooh! My Head", e a banda generosamente deu crédito à mãe de Valens pela composição. Gravada em 1971, nas sessões de gravação de Led Zeppelin IV, "Boogie With Stu" apresenta um Page fluente no bandolim e um Bonham que improvisa sua bateria de forma inventiva. Com seu clima de jam descompromissada e risadas no final, "Boogie With Stu" oferece uma pausa divertida em meio à intensidade de Physical Graffiti.
Gravada em 1972, durante a gravação do álbum Houses of the Holy, "Black Country Woman" captura o ambiente natural e descontraído da sessão. Esta faixa acústica tem uma vibração blues, marcada pelo violão de Jimmy Page e pelo bandolim de John Paul Jones. Plant entrega um vocal cheio de alma e desespero, acompanhando a temática de decepção amorosa, que é típica do blues. Sem baixo, "Black Country Woman" é impulsionada pela bateria de Bonham a partir da metade da faixa. Embora guarde alguma simplicidade, "Black Country Woman" oferece uma profundidade emocional e uma atmosfera autêntica, complementada pela gaita espirituosa de Plant.
Encerrando Physical Graffiti com a crueza energética de "Sick Again", uma faixa pesada, graças à bateria furiosa de John Bonham e aos riffs densos e mudanças rápidas de acordes de Page. O vocal rouco e raivoso de Plant lamenta a juventude das groupies que encontrava em Los Angeles, especialmente as "LA Queens", abordando com cinismo o crescimento precoce dessas meninas. Musicalmente, a faixa é uma fusão de rock brutal, com Bonham entregando um desempenho poderoso e a guitarra de Page alternando entre riffs ferozes e desafiadores. A jam de encerramento é uma explosão de dissonância e caos, refletindo o tema sombrio da letra. "Sick Again" foi executada ao vivo nas turnês de 1975 e 1977, impactando o público com sua força e agressividade.
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Led Zeppelin numa de suas cinco apresentações no Earls Court Arena, em Londres, em maio de 1975. |
O desempenho comercial de Physical Graffiti foi positivo. Nas paradas de álbuns do Reino Unido e Canadá, Physical Graffiti alcançou o 1° lugar. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o álbum duplo estreou em terceiro lugar na parada de álbuns da Billboard 200, mas, na semana seguinte, chegou ao 1° lugar, onde permaneceu por seis semanas. Ainda nos Estados Unidos, Physical Graffiti teve mais de 8 milhões de cópias vendidas, alcançando, anos mais tarde, a marca de 16 milhões de cópias.
Physical
Graffiti marcou
um pico criativo para o Led Zeppelin, o auge da carreira da banda britânica,
solidificando seu status como uma das maiores bandas de rock de todos os
tempos. O álbum duplo mostrou sua versatilidade, misturando hard rock, blues,
elementos progressivos e baladas acústicas, ao mesmo tempo em que consolidou
seu domínio na cena do rock de meados dos anos 1970. Sua natureza ambiciosa
permitiu que a banda explorasse diversas possibilidades musicais. A liberdade
experimental do álbum abriu caminho para seu trabalho posterior, embora manter
esse ímpeto tenha se mostrado desafiador, pois os álbuns subsequentes receberam
mais críticas mistas. Apesar disso, Physical Graffiti continua
sendo uma obra-prima, influenciando inúmeros artistas e consolidando o legado
da banda na história do rock.
Faixas
Disco 1
Lado 1
- "Custard Pie" (Jimmy Page e Robert Plant) _
- "The Rover" (Page e Plant)
- "In My Time of Dying" (Page, Plant, John Paul Jones e John Bonham)
Lado 2
- "Houses of the Holy" (Page e Plant)
- "Trampled Under Foot" (Page, Plant e Jones)
- "Kashmir" (Page, Plant e Bonham)
Disco 2
Lado 3
- "In the Light" (Page, Plant e Jones)
- "Bron-Yr-Aur" (Page)
- "Down by the Seaside" (Page e Plant)
- "Ten Years Gone” (Page e Plant)
Lado 4
- "Night Flight" (Page, Plant e Jones)
- "The Wanton Song" (Page e Plant)
- "Boogie with Stu" (Page, Plant, Jones, Bonham, Ian Stewart e Ritchie Valens)
- "Black Country Woman” (Page e Plant)
- "Sick Again" (Page e Plant)
Led
Zeppelin: Robert
Plant (vocal e gaita), Jimmy Page (violões, guitarras elétricas, pedal steel
guitar (guitarra de aço com pedais) e produção), John Paul Jones (órgão, baixo,
piano e sintetizadores) e John Bonham (bateria e percussão).
Revista Bizz – edição 11 – junho/1986, Editora Abril, São Paulo, Brasil.
Led Zeppelin : Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra – Mick Wall, 2017, Globo Livros,
São Paulo, Brasil.
rollingstone.com.br
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