“Let It Be” (Apple, 1970), The Beatles
Por Sidney Falcão
O processo de gravação do álbum duplo The Beatles, popularmente conhecido como “álbum branco”, em 1968, foi
bastante tenso, traumático, marcado por desentendimentos, conflito de egos e
falta de companheirismo nas gravações.
Pensando em unir os colegas de banda e
assim salvar os Beatles de uma dissolução, Paul McCartney teve uma ideia: a
banda voltar aos velhos tempos, como no início da carreira. A ideia consistia
na gravação de um álbum no qual a banda retornaria ao som básico, simples, sem
truques e efeitos de estúdio. É bem verdade que a busca por uma musicalidade
mais “enxuta”, mais simples, já era percebido no “álbum branco”. O álbum seria
gravado ao vivo no estúdio, e todo o processo criativo, da criação das músicas
e ensaios até as gravações, que culminaria numa apresentação ao vivo no terraço
da Apple Corps, tudo seria filmado para ser lançado como um filme documentário
a ser exibido nos cinemas. O projeto que envolveria um disco, um filme e um
livro, foi batizado de Get Back.
As gravações e filmagens ocorreram em
todo o mês de janeiro de 1969, começando no Twichenham Film Studios (onde as
condições técnicas não foram favoráveis) e depois prosseguidas nos estúdios da Apple
Records (selo criado pelos Beatles), em Londres, na Inglaterra. Para a capa do
álbum Get Back, os Beatles chegaram a
fazer uma foto no mesmo lugar onde foram fotografados para a capa do primeiro
álbum, Please Please Me, lançado em 1963. A diferença, é que eles
aparecem um pouco mais velhos e cabeludos.
Os Beatles durante no estúdio da Twicenham Film, em Londres, para o filme-documentário Get Back, em janeiro de 1969. |
No entanto, o que a princípio parecia
uma ideia que revigoraria o espírito do quarteto de Liverpool e criaria um
ambiente mais pacífico e harmonioso, acabou se revelando mais um tormento entre
os quatro membros dos Beatles. Nem mesmo George Martin, havia suportado. As
filmagens registraram não uma banda em processo de criativo, mas uma banda em
frangalhos emocionalmente e a caminho sem volta do fim. George Harrison, que
chegou a deixar a banda por um momento por causa dos desentendimentos, retornou
ao convívio dos colegas, mas não sozinho: trouxe consigo o tecladista
norte-americano Billy Preston. A presença de Preston ajudou a aliviar o clima
tenso entre os Beatles.
Em 30 de janeiro, os Beatles fizeram a
antológica apresentação ao vivo no terraço da Apple Corps.(empresa fundada
pelos Beatles que cuidava da carreira e dos negócios da banda). A apresentação
foi toda filmada para entrar no filme documentário. O show inusitado foi
interrompido pela polícia, que alegou que a apresentação dos Beatles no terraço
estava criando tumulto nas ruas próximas àquele local.
Os conflitos internos e a desmotivação levaram o projeto Get Back a ser arquivado. Apesar do ambiente conflituoso e tenso, a produção do projeto Get Back foi bastante profícua. Centenas de canções teriam sido tocadas e gravadas durante as sessões de gravação no estúdio. Além das canções que comporiam o álbum Let It Be, os Beatles tocaram canções que fariam parte do álbum Abbey Road e até mesmo das carreiras-solo dos membros da banda após a dissolução dos Beatles como “Jealous Guy” (John Lennon), “All Things Must Pass” (George Harrison) e “Teddy Boy” (Paul McCartney), bem como covers de canções de de blues.
Apresentação ao vivo dos Beatles no terraço da Apple Corps. em janeiro de 1969. |
Os conflitos internos e a desmotivação levaram o projeto Get Back a ser arquivado. Apesar do ambiente conflituoso e tenso, a produção do projeto Get Back foi bastante profícua. Centenas de canções teriam sido tocadas e gravadas durante as sessões de gravação no estúdio. Além das canções que comporiam o álbum Let It Be, os Beatles tocaram canções que fariam parte do álbum Abbey Road e até mesmo das carreiras-solo dos membros da banda após a dissolução dos Beatles como “Jealous Guy” (John Lennon), “All Things Must Pass” (George Harrison) e “Teddy Boy” (Paul McCartney), bem como covers de canções de de blues.
Numa última tentativa de manter a
banda unificada, Paul McCartney telefonou para o produtor George Martin para
que produzisse um novo álbum dos Beatles. Embora tivesse relutado ao convite -
afinal foi posto em segundo plano durante as gravações de Get Back - ele aceitou o convite e produziu Abbey Road, aquele que
ficou conhecido como o último álbum gravado pelos Beatles. As gravações começaram
em fevereiro de 1969 - um mês após o arquivamento temporário do projeto Get Back – e se estendeu até agosto do
mesmo ano.
Naquele mesmo mês de fevereiro, quando
o álbum Abbey Road começava a ser gravado, John Lennon, George Harrison
e Ringo Starr contrataram Allen Klein, ex-empresário dos Rolling Stones, com a
função gerir a Apple Corps. que atravessava uma grave crise financeira. Desde a
morte de Brian Epstein, as finanças dos Beatles pareciam um barco à deriva.
Paul McCartney foi o único a não assinar contrato com Klein, pois entendia que
a melhor opção era o seu sogro, o advogado Lee Eastman.
De volta ao passado: a capa do álbum Get Back (à direita) já estava pronta antes do cancelamento, e era inspirada no primeiro álbum dos Beatles, Please Please Me, de 1963. |
Em abril de 1969, o engenheiro de som
Glyn Johns foi contratado pelos Beatles para editar o material gravado de Get Back para um futuro álbum, embora
naquele momento, a banda estivesse gravando Abbey Road, sob a
produção de George Martin. Naquele mesmo mês, era lançado o single “Get Back”,
tendo como lado B a música “Don’t Let Me Down”. As duas músicas fizeram parte
das sessões de gravação do projeto Get
Back. O single chegou ao 1º lugar nos Estados Unidos, onde vendeu 2 milhões
de cópias. Liderou também as paradas de singles da Austrália, Alemanha
Ocidental, Suécia e Canadá.
No entanto, o resultado final da
mixagem feita por Glyn do material do que poderia ser o álbum Get Back não agradou os Beatles. O prazo
de lançamento que estava previsto para julho de 1969, foi adiado para setembro
para coincidir com um programa especial de TV e com a estreia do filme nos
cinemas. Mas já próximo de setembro, o prazo de lançamento foi novamente
mudado, desta vez para dezembro de 1969, porque para setembro foi marcado o
lançamento de Abbey Road, que àquele momento, se tornou prioridade da banda.
Ainda em setembro, pouco depois do lançamento de Abbey Road, numa reunião entre a banda e Allen Klein, John Lennon anuncia que está deixando os Beatles. Naquele momento, a banda estava em processo de renovação de contrato com a Capitol Records, subsidiária da EMI nos Estados Unidos responsável pela distribuição dos discos da banda naquele país. Lennon fez um acordo com os colegas de banda e Klein para manter a sua saída em sigilo, até as negociações serem concluídas.
Os Beatles e o engenheiro de som Glyn Johns (o segundo da esquerda para a direita). |
Ainda em setembro, pouco depois do lançamento de Abbey Road, numa reunião entre a banda e Allen Klein, John Lennon anuncia que está deixando os Beatles. Naquele momento, a banda estava em processo de renovação de contrato com a Capitol Records, subsidiária da EMI nos Estados Unidos responsável pela distribuição dos discos da banda naquele país. Lennon fez um acordo com os colegas de banda e Klein para manter a sua saída em sigilo, até as negociações serem concluídas.
No mês de dezembro de 1969, o adiado
lançamento do tal álbum com material de Get
Back, não aconteceu. O álbum Abbey Road, lançado em setembro,
estava indo muito bem comercialmente, e muito bem avaliado pela crítica.
Provavelmente, isso fez com que não houvesse tanto interesse em se trabalhar
novamente no material de Get Back
para ser lançado em dezembro. Ao invés de lançamento, a banda e Glyn Johns
decidiram utilizar dezembro de 1969 e janeiro do ano seguinte para fazer uma
nova tentativa de mixagem nas fitas do álbum Get Back. Em 3 de janeiro, os Beatles, já sem Lennon, gravaram uma
nova música, “I Me Mine”, para ser incluída no álbum Get Back. Após as mixagens, outras vez a banda ficou insatisfeita
com o resultado.
Para tentar solucionar de uma vez o
problema, o gerente dos Beatles, Allen Klein, contrata em março de 1970 o
produtor norte-americano Phil Spector. Ganhou fama na década de 1960 ao
desenvolver a “wall of sound” (“parede de som”), uma técnica de gravação em que
todo os instrumentos básicos (baixo, guitarra, bateria e teclados), mais orquestra
e coral, atuavam em sincronia, produzindo um som denso e opulento. A criação de
Spector foi um marco na música pop.
Antes de ser contratado por Klein,
Phil Spector havia recém produzido o “Instant Karma”, single da carreira solo
de John Lennon. Spector recebeu as fitas de Get
Back sem o consentimento de Paul McCartney, o idealizador do conceito do
álbum e do filme.
Com o material de Get Back em mãos, Spector retrabalhou as fitas, fez alterações que
fugiam ao conceito original criado por Paul. O produtor norte-americano
prolongou uma das faixas, inseriu orquestra, coral e até mesmo diálogo entre
algumas faixas. Por fim, tanto o álbum quanto o filme, foram rebatizados para Let
It Be.
O produtor Phil Spector., responsável por inserir orquestrações e coro nas fitas originais de Get Back, que resultaram no álbum Let It Be. |
Let It Be foi lançado em 8 de maio de 1970, um mês após Paul McCartney anunciar a dissolução dos Beatles, enquanto que o filme de mesmo nome, dirigido por Michael Lindsay-Hogg, estreou nos cinemas em 13 de maio. O álbum Let It Be foi lançado numa caixa preta luxuosa, que ainda continha um livro de 160 páginas, na maior parte composta de fotos coloridas do filme homônimo. Meses depois, as novas prensagens foram vendidas em formato simples, sem caixa e sem o livro. Por razões óbvias, Paul McCartney odiou o trabalho feito por Spector, principalmente na faixa “The Long And Winding Road”, a que mais sofreu intervenções de Phil Spector.
“Two Of Us” é a primeira faixa do
álbum, uma folk music escrita por Paul McCartney e dedicada à fotógrafa
norte-americana Linda McCartney, com quem se casara em março de 1969. Paul se
inspirou nas férias que passou em Portugal com Linda e a filha dela, fruto do primeiro
casamento da fotógrafa. Os vocais são divididos entre Paul e John Lennon. Além
cantar, Paul faz o violão solo, enquanto que John também canta, toca violão
rítmico e assobia. George faz as linhas de baixo nas cordas mais graves de sua
guitarra e Ringo toca bateria. Já a faixa seguinte, “Dig A Pony”, foi escrita
por John (embora creditada a Lennon e McCartney como a faixa anterior) e
dedicada à sua esposa, Yoko Ono, e traz versos completamente estranhos e sem
sentido.
“Across The Universe” é a canção mais antiga presente no álbum Let It Be. Foi escrita por John durante o retiro espiritual dos
Beatles na Índia. Gravada em fevereiro de 1968, “Across The Universe”
permaneceu arquivada por quase dois anos até ser selecionada para o álbum Let
It Be. Na época da gravação, Paul McCartney convidou duas garotas
adolescentes que faziam parte das Apple Scruffs, um grupo de garotas que
costumava passar o dia todo em frente dos estúdios Abbey Road, da EMI ou diante
da residência de Paul, em Londres. Uma das garotas escolhidas foi a brasileira
Lizzie Bravo, que na época tinha 16 anos de idade. Tudo que as meninas tiveram
que cantar foi verso “Nothing’s gonna
change my world” (“Nada vai mudar meu
mundo”). A versão da qual as garotas participaram integrou o disco
beneficente No One’s Gonna Change Our World, da World Wildlife Fund, lançado no final de
1969, e que contou com canções de outros artistas como Cliff Richard, Bee Gees,
The Hollies, Lulu e outros artistas.
A caixa especial da primeira edição de lançamento de Let It Be, em 1970, que trazia como itens, o LP, um livro com fotos das sessões de gravação, e um pôster. |
Gravada em janeiro de 1969, “I Me
Mine” foi não só a última música do álbum a ser gravada como também a última
que os Beatles gravaram antes de sua dissolução. Nessa época, John Lennon já
havia deixado os Beatles, e apenas George Harrison, Paul McCartney e Ringo
Starr participaram das gravações da canção. Foi composta por George Harrison e
trata sobre o egoísmo e o individualismo, o que deixa claro que a música era um
reflexo do ambiente interno dos Beatles. “I Me Mine” é um blues rock que além
do órgão Hammond, baixo, guitarra e bateria, instrumentos comuns a esse gênero
musical, possui também naipe de cordas, trombone e até harpa, que foram
inseridos por Spector.
“Dig It” foi gravada como uma jam
session, sem grandes pretensões, mas que foi incluída no álbum por Phil Spector.
Contudo, o produtor teve que fazer corte na sua longa duração, reduzindo a
música para 49 segundos. O título não teria um significado claro. A letra é sem
sentido e é um conjunto de palavras postas aleatoriamente por John Lennon: FBI,
CIA, BBC, B.B. King, Doris Day e outras palavras. A música tem a participação
do tecladista Billy Preston.
“Let It Be”, canção que dá nome ao
álbum, foi composta por Paul McCartney após ter sonhado com sua mãe, falecida em 1956, vítima de câncer de mama, quando o baixista tinha 14 anos. No sonho,
ela dizia para ele “deixe estar”, que não se preocupasse, que tudo ia dar
certo. Uma resposta acalentadora para o momento turbulento que Paul vivenciava
nos Beatles. A forma como o órgão Hammond é tocado por Billy Preston, dá a “Let It Be” uma aura de
canção litúrgica. Os versos parecem uma oração, e a expressão Mother Mary tem
um significado dúbio, tanto pode ser a mãe de Jesus como a mãe de Paul, pois a
mãe dele chamava-se Mary Patricia Mohin McCartney: “When
I find myself in times of trouble / Mother Mary comes to me / Speaking words of
wisdom / Let it be”. (“Quando me
encontro em momentos difíceis / A Mãe Maria vem até mim / Dizendo palavras
sábias / Deixe estar”).
Encerrando o lado A do álbum Let
It Be, “Maggie Mae”, uma canção tradicional que faz parte da cultura
popular de Liverpool, cidade natal dos Beatles. A letra é sobre uma prostituta
que costumava furtar lojas em Liverpool. No álbum, a música é curta, tem apenas
40 segundos.
Abrindo o lado B, “I’ve Got A
Feeling”, uma música que é resultado da junção de duas canções inacabadas, uma
de Paul McCartney, que é a própria “I’ve Got A Feeling”, e “Everbody Had A Hard Year”, de John
Lennon. Paul começa cantando sobre um sentimento que não consegue esconder, o
que leva a crer que ele estaria se referindo à sua esposa Linda McCartney. A
outra parte é cantada por John, em que ele canta que todos tiveram um ano
difícil, possivelmente se referindo aos conflitos entre os membros dos Beatles,
a crise financeira da Apple Corps, a prisão de John por porte de drogas e o
aborto de Yoko. No final da música, Paul canta o refrão e John faz o
contracanto.
“One
After 909” foi composta por John e Paul em 1957, é a música mais antiga
composta pela dupla. Chegou a ser gravada em 1963 para o primeiro álbum, Please
Please Me, mas foi arquivada porque o produtor George Martin achou que
não ficou boa. “One After 909” é um rock’n’roll cru e básico, e cumpre com a
filosofia proposta por Paul para o projeto Get
Back. A versão presente no álbum Let It Be foi gravada ao vivo no
terraço da Apple, em janeiro de 1969.
Embora
creditada a Lennon e McCartney, “The Long Widinng Road” foi escrita por
McCartney inspirado numa estrada longa e sinuosa, próxima a uma fazenda que o
baixista havia comprado na Escócia, em 1966. A canção originalmente tinha uma
base instrumental simples e econômica, apenas baixo, guitarra, bateria e um
piano elétrico tocado por Billy Preston. Quando as fitas foram para as mãos de
Spector, “The Long Widinng Road” foi a faixa que sofreu mais intervenções. O
produtor inseriu orquestra e um coral de 14 vozes femininas, e o que antes era
uma simples balada, se transformou numa música pretenciosa e cafona. Quando o
álbum foi lançado, Paul McCartney detestou as intervenções feitas por Phil
Spector, sendo que alterações em “The Long Winding Road” foram as que mais
revoltaram o baixista.
“For
You Blue” é um country blues composto por George Harrison, possui um ritmo
alegre e nada lembra as canções com enfoque místico que o músico vinha
compondo. O destaque da música fica para os solos de guitarra havaiana
executados por John Lennon que dão uma sonoridade bastante particular à canção.
John Lennon tocando uma guitarra de lap steel numa das sessões de gravação do álbum Get Back. |
“Get
Back” é a música que fecha o álbum Let It Be. Lançada em single em
abril de 1969, “Get Back” foi incluída no álbum numa versão editada e com uma
duração menor. Ao final da música, ouve-se Paul falando “Thanks Mo”, um
agradecimento dele a Maureen Cox, esposa de Ringo Starr na época, e John
agradecendo a todos e dizendo esperar que a banda tenha passado no teste. A
gravação ocorreu durante a apresentação dos Beatles no terraço da Apple, em
janeiro de 1969, fazendo parte do projeto Get
Back.
Apesar
das críticas de Paul McCartney, os seus agora ex-colegas de banda, teceram
elogios ao trabalho de Phil Spector. John Lennon elogiou a capacidade de Phil
Spector ao transformar “porcarias” de gravações ruins num álbum bom.
O
público parece ter gostado das tais “porcarias”. Let It Be vendeu somente
nos Estados Unidos, 4 milhões de cópias. Foi 1º lugar nas paradas de álbuns nos
Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, Holanda e Noruega. No Japão e
Suécia, alcançou o 2º lugar, e chegou ao 3º lugar na Alemanha Ocidental. O
single de “Let It Be” chegou à casa de 2 milhões de cópias vendidas nos Estados
Unidos, e liderou as paradas de singles da Austrália e Países Baixos.
Contrariando o gosto estético de Paul, o single de “The Long Winding Road” vendeu
2 milhões de cópias nos Estados Unidos, o que demonstra que os arranjos
pomposos de Phil Spector devem ter agradado a muita gente. No ano seguinte, em
1971, o filme Let It Be conquistou
dois prêmios: Oscar de “Melhor Trilha Sonora Adaptada” e o Grammy de “Melhor
Trilha Sonora Original Escrita Para Filme Ou Especial De Televisão”.
Em
2003, finalmente, o tão sonhado desejo de Paul McCartney foi realizado com o
lançamento de Let It Be...Naked, álbum sem as alterações e mixagens feitas
por Phil Spector em Let It Be, em 1970. Let It Be...Naked apresenta as
canções como Paul havia imaginado para o projeto Get Back. Para essa empreitada, Paul McCartney contou com a
consultoria do produtor George Martin, e o apoio de Ringo Starr, George
Harrison e de Yoko Ono, viúva de John Lennon.
Faixas
Todas
as faixas são de autoria de Lennon – McCartney , exceto as indicadas.
Lado A
- "Two Of Us"
- "Dig A Pony"
- "Across the Universe"
- "I Me Mine" (Harrison)
- "Dig It" (Lennon – McCartney – Harrison - Starkey)
- "Let It Be"
- "Maggie Mae" (domínio público; arranjos: Lennon – McCartney – Harrison - Starkey)
Lado B
- "I've Got A Feeling"
- "One After 909"
- "The Long And Winding Road"
- "For You Blue" (Harrison)
- "Get Back"
The Beatles:
John Lennon (vocal e vocal de apoio, guitarra rítmica, guitarra solo em "Get Back", guitarra de lap steel em "For You Blue", violão em "Two Of Us", "Across the Universe" e "Maggie Mae", baixo de seis cordas em "Dig It", "Let It Be" e "The Long And Winding Road", assobio em "Two of Us"),
Paul McCartney (vocal e vocal de apoio, baixo, violão em "Two Of Us" e "Maggie Mae", piano em "Dig It", "Across The Universe", "Let It Be", "The Long And Winding Road "e" For You Blue ", órgão Hammond em" I Me Mine ", piano elétrico em" I Me Mine "e" Let It Be ", maracas em "Let It Be "),
George Harrison (guitarras solo e rítmica, violão em "For You Blue" e "I Me Mine", tambura em "Across The Universe", vocais principais em "I Me Mine" e "For You Blue", vocais de apoio) e
Ringo Starr (bateria, percussão em "Across The Universe").
Referências:
The Beatles as Musicians : Revolver Through the Anthology - Walter Everett, 1999, Oxford
University Press
The Beatles: a Biografia – Bob Spitz, 2007, Larousse do Brasil
A Batalha Pela Alma dos Beatles - Peter Doggett, 2012, Editora Nossa Cultura
As Letras dos Beatles - Hunter Davies, 2016, Editora Planeta
Wikipedia
"Dig A Pony"
"Across The Universe"
"I Me Mine"
"Get Back" (ao vivo no terraço da Apple
Corps. 30 de janeiro de 1969)
"Two Of Us" (video oficial)
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