“Saudade do Brasil” (Warner, 1980), Elis Regina


Por Sidney Falcão

“Não é uma saudade de uma coisa morta. A coisa está aí. Viva.

No vento, nos animais, nas frutas, na água.

Se perdeu por falta de maior batalha.

Ainda que não seja o tempo de esquecer

as tempestades, é bom lembrar que viver

é ir levando de arrasto o que é bom

e o que é ruim

É tempo de redescobrir o gosto e o sabor da festa.

Redescobrir as coisas que são nossas,

desde o dia em que nosso umbigo

foi enterrado nesse chão.

 

Elis Regina

 

Rio, 11 de março de 1980”

 

Este foi o texto do programa do espetáculo Saudade do Brasil, de Elis Regina (1945-1982), que estreou no Canecão, no Rio de Janeiro, em 20 de março de 1980 e ficou em cartaz até agosto daquele ano. Foi o primeiro espetáculo de Elis desde Transversal do Tempo, de 1978. A ideia do espetáculo Saudade do Brasil surgiu depois que Elis percebeu que o Brasil parecia ter perdido o senso de pertencimento, o orgulho dos seus símbolos nacionais (hino, bandeira e brasão), que, naquele período, foram apropriados pela ditadura militar. 

A partir dessa percepção, Elis teve a ideia de criar um espetáculo musical que despertasse um sentimento no povo brasileiro que parecia “adormecido”. Para tanto, o espetáculo contaria histórias de saudades de um Brasil, mas não de alguém que morreu ou de algo que acabou; e sim de uma saudade por algo que ainda estava presente, vivo, solto por aí. Em entrevista ao jornal O Globo, do Rio de Janeiro, em março de 1980, Elis disse: “Não se trata de saudade de alguma coisa que acabou ou de pessoa que morreu. É saudade do que está aí, vivo, solto, e nunca deixou de existir. Se não temos acesso a isso, é por falta de uma batalha maior”. 

Para pôr o espetáculo em prática, o projeto se mostrava ambicioso: figurinos e cenários grandiosos, treze músicos, onze bailarinos (que também atuariam como atores e cantariam, fazendo coro) e coreografia elaborada por Marika Gidali, coreógrafa húngara radicada no Brasil, fundadora do Ballet Stagium e amiga de Elis Regina. Para a direção teatral, foram escalados Ademar Guerra (1933-1993) e Oswaldo Mendes. A direção musical ficou por conta de César Camargo Mariano, marido de Elis. 

A escolha dos bailarinos aconteceu a partir de um anúncio de jornal. E um detalhe curioso: não era necessário ter experiência ou ser profissional; buscava-se gente jovem que tivesse a cara do povo brasileiro. O anúncio acabou atraindo uma grande multidão para a porta do local de inscrição, e todo tipo de gente: de feirantes a bailarinos profissionais, de balconistas a enfermeiros. 

Exceto César Camargo Mariano, o guitarrista Natan Marques e o baterista Picolé, todos os outros músicos eram jovens e inexperientes, boa parte deles vindos de bandas de baile ou de escolas de música do ABC paulista, a região industrial do estado de São Paulo. 

Elis Regina e elenco no espetáculo Saudade do Brasil, em 1980.
 
Entre os músicos do naipe de sopro da banda, alguns se tornaram figuras centrais da vanguarda musical paulistana. Entre eles, o trombonista Bocato, conhecido por suas colaborações com Itamar Assumpção e que já havia passado pela banda de Arrigo Barnabé. Os trompetistas Cláudio Faria e Nonô Camargo, ambos de São Bernardo do Campo, também se destacaram na cena e uniram forças para criar a Banda Metalurgia, consolidando ainda mais a rica tradição musical da região. 

Assim como fez com o espetáculo Falso Brilhante, em 1976, que gerou um disco homônimo gravado em estúdio, Elis decidiu fazer o mesmo com o espetáculo Saudade do Brasil. Contudo, a diferença é que, em Falso Brilhante, Elis selecionou dez das quarenta canções do espetáculo para gravar o disco, enquanto, do espetáculo Saudade do Brasil, Elis decidiu gravar todas as vinte músicas para um álbum. 

As gravações do novo álbum ocorreram em abril de 1980, no estúdio Transamérica, no Rio de Janeiro. A direção de produção foi de Guti Carvalho e César Camargo Mariano. Todos os músicos que tocaram e os bailarinos, que além de dançarem fizeram o coro no espetáculo Saudade do Brasil, participaram das gravações do álbum em estúdio. 

Em julho de 1980, o álbum intitulado Saudade do Brasil, o mesmo nome do espetáculo, foi lançado. Por trazer todas as vinte músicas do espetáculo gravadas em estúdio, Saudade do Brasil foi lançado inicialmente em versão de álbum duplo, com uma tiragem de 25 mil cópias. Mas a gravadora acabou lançando depois uma versão simples, com doze das músicas mais destacadas, ainda em 1980. Em 1988, a Warner relançou o álbum separadamente, como Saudade do Brasil volumes 1 e 2. Nas reedições em CD, a Warner relançou Saudade do Brasil como álbum duplo, obedecendo ao conceito original. 

Musicalmente, o repertório de Saudade do Brasil é eclético: traz canções com arranjos que variam do jazz orquestral ao samba-choro e à bandinha de coreto. O álbum mistura ironia e doçura, retratando a sociedade brasileira da época de forma crítica (e até mesmo debochada), como em “Alô, Alô, Marciano” (de Rita Lee e Roberto de Carvalho) e “Agora Tá” (de Tunai e Sérgio Natureza). Também explora temas emotivos, como em “Canção da América” e “Aos Nossos Filhos”. Saudade do Brasil é marcado por interpretações vigorosas, letras politizadas e um equilíbrio entre leveza e profundidade.

 

Elis em apresentação no espetáculo Saudade do Brasil que deu
origem ao álbum de mesmo nome.

O disco 1 de Saudade do Brasil começa com um pot-pourri instrumental das músicas “Arrastão” e “Lapinha,” que abria o espetáculo e preparava o público para a chegada de Elis e elenco ao palco. “Arrastão” e “Lapinha” foram duas músicas que Elis Regina cantava nos festivais e em programas de TV nos anos 1960, como O Fino da Bossa. 

A faixa seguinte é “Terra de Ninguém,” que aparece aqui com pouco mais de um minuto. É uma música que reflete a luta e a injustiça enfrentadas pelo trabalhador nordestino, que vive em um cenário de pobreza, exploração e desesperança. Ao mesmo tempo, a canção também carrega uma mensagem de esperança e resistência para esse trabalhador, de que um dia ele terá direito a uma vida digna. “Terra de Ninguém” foi cantada pela primeira vez por Elis em 1964, no espetáculo O Remédio É Bossa, no Cine Teatro, em São Paulo. No ano seguinte, ela gravou essa música ao lado de Jair Rodrigues (1939-2014) para o disco 2 na Bossa Ao Vivo. 

“Maria, Maria,” de Milton Nascimento e Fernando Brant (1946-2015), foi gravada originalmente pelo próprio Milton em 1978 para o álbum Clube da Esquina 2. A letra celebra a força, a resiliência e a luta das mulheres que enfrentam adversidades, mas continuam acreditando em seus objetivos. 

“Agora Tá” é um samba que, apesar da alegria do seu ritmo, explora na letra a tensão entre a esperança por um resultado positivo e o medo de um fracasso iminente, após um longo período de luta e sofrimento. 

O lado 1 do disco termina com “Alô, Alô, Marciano,” de longe a faixa de maior sucesso deste álbum. Composta por Rita Lee e Roberto de Carvalho especialmente para Elis Regina, a música, de forma bem-humorada e debochada, faz uma crítica às crises sociais, políticas e econômicas, destacando o declínio da elite (high society) em meio ao caos e à desordem que tomam conta da Terra. A letra expõe o comportamento humano em tempos de desespero e desigualdade. O eu lírico seria um terráqueo descrevendo para um marciano os problemas que o ser humano enfrentava aqui na Terra naquele momento, tudo em tom bem debochado.

 

Encontro de Elis Regina, Roberto de Carvalho e Rita Lee no início dos anos 1980. Rita e Roberto compuseram "Alô, Alô, Marciano" especialmente par Elis.

O lado 2 do disco 1 começa com a interpretação de Elis Regina para “Canção da América,” de Milton Nascimento e Fernando Brant, uma bela declaração sobre amizade duradoura, que supera a distância e o tempo, permanecendo viva na memória e no coração. Originalmente, essa canção foi gravada pela banda 14 Bis, em 1979. Através de sua sensibilidade e interpretação emotiva, Elis transmite ao ouvinte toda a carga emocional presente na mensagem dos versos. Milton também gravou “Canção da América” em 1980, para o álbum Sentinela; enquanto a versão do cantor, acompanhada do grupo Boca Livre, segue uma linha musical mais urbana, a versão de Elis tem ares bucólicos, um clima todo rural. 

“As Aparências Enganam” é uma canção sobre a dualidade entre amor e ódio, calor e frieza nas paixões, destacando como essas emoções podem se confundir e coexistir, enquanto as aparências enganam os envolvidos. A letra explora as transformações emocionais e as marcas deixadas pelas relações intensas. Esta foi a segunda vez que Elis gravou essa canção. A cantora gaúcha já havia gravado essa música em 1979 para o disco Essa Mulher, lançado naquele ano. 

Com um som inspirado em bandinha de coreto de cidadezinha do interior, “O Primeiro Jornal” é uma simpática canção que celebra a simplicidade dos momentos iniciais do dia, como o café da manhã e os primeiros afazeres, e a importância da companhia e do carinho para começar o dia com mais leveza antes do impacto das notícias do primeiro jornal. 

“Moda de Sangue” exige uma grande capacidade de interpretação e sensibilidade por parte de quem canta, e Elis entrega isso com maestria. “Moda de Sangue” aborda o amor como uma mistura intensa de desejo, agressividade e paixão, explorando emoções fora de controle e impulsos extremos dentro de uma relação. Naquele ano de 1980, a canção foi incluída na trilha sonora da novela Coração Alado, da TV Globo. Anos mais tarde, em 1998, a versão cantada por Elis reapareceu em outra novela da mesma emissora, Torre de Babel. 

Sucesso na voz de Carmen Costa (1920-2007) em 1940, “Marambaia” ganhou uma nova versão com Elis Regina, transformada em um simpático samba-choro que encerra o disco 1. A música retrata a serenidade e a beleza de uma vida simples na praia, descrevendo momentos de paz, natureza e harmonia entre música, ambiente e companheirismo. O lugar citado na música faz referência à Restinga da Marambaia, uma localidade situada entre os municípios de Mangaratiba, Itaguaí e Rio de Janeiro.

 

Parte central do livreto que acompanha o álbum Saudade do Brasil.

O segundo disco começa com “Presidente Bossa-Nova”, outra releitura presente no álbum Saudade do Brasil. Composta e gravada por Juca Chaves (1938-2023) em 1960, a música era uma crítica bem-humorada ao então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek (1902-1976). No entanto, a versão de Elis ganha uma ressignificação, tornando-se uma canção saudosista que remete a uma época em que o Brasil parecia mais feliz. 

Composta por Milton Nascimento e Fernando Brant, “Conversando no Bar (Saudade dos Aviões da Panair)” foi gravada pela primeira vez por Elis em 1974, para o álbum Elis, lançado naquele ano. A letra contrasta a inocência da infância com a complexidade da vida adulta, e a mesa de bar se torna um espaço de compartilhamento de histórias e de conexão com o passado. A antiga companhia aérea Panair do Brasil é utilizada como metáfora para simbolizar a passagem do tempo e as mudanças. A Panair do Brasil foi uma das maiores companhias aéreas do país e teve dois de seus principais acionistas perseguidos pela ditadura militar, o que acabou levando à extinção da empresa no começo de 1965. 

Elis Regina sempre foi conhecida por revelar novos talentos e gravar composições de novos autores. No álbum Saudade do Brasil, a cantora gaúcha manteve essa tradição. O álbum inclui a canção “Onze Fitas”, da compositora carioca Fátima Guedes, que iniciou sua carreira musical no começo dos anos 1970, ainda na adolescência. “Onze Fitas” abre com sons de sirenes, criando uma atmosfera de tensão. A letra aborda a violência urbana e a banalidade da morte em meio à impunidade, expressando a frieza com que vidas são tiradas e lembradas de forma superficial. A repetição de "a verdade não rima" ressalta a desconexão entre a brutal realidade e qualquer tentativa de suavizá-la poeticamente.

 

Elis Regina em estúdio gravando o álbum Saudade do Brasil. 

“Menino”, composta por Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, foi provavelmente inspirada na morte do estudante Edson Luís, assassinado a tiros por policiais militares no Restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro, em março de 1968, durante um protesto estudantil contra o aumento do preço das refeições. A letra traz uma mensagem contra a omissão diante de fatos graves e brutais, alertando que a indiferença nos torna cúmplices dessa violência: “Quem cala, morre contigo / Mais morto que estás agora”. “Menino” foi gravada pela primeira vez por Milton em 1976 para o álbum Geraes. Quatro anos depois, ganhou uma versão de Elis em que ela canta com a alma. 

Fechando o primeiro lado do disco 2, “Aos Nossos Filhos”, de Ivan Lins, reflete as dificuldades enfrentadas pelas gerações passadas e faz um apelo para que as futuras gerações vivam em um mundo melhor. Os versos expressam um pedido de desculpas pelos desafios daquela época, mas também carregam uma mensagem de esperança e renovação, desejando que as novas gerações superem as adversidades e transformem suas experiências, simbolizando um legado de resiliência e esperança. Aqui, Elis expressa toda a carga emocional como intérprete. 

O segundo lado do disco 2 começa no mesmo tom emocional em que o lado anterior foi encerrado. “Sabiá”, canção de Tom Jobim e Chico Buarque, defendida por Cynara e Cybele no III Festival da Canção, em 1968, aparece no álbum Saudade do Brasil numa versão bastante pessoal de Elis Regina. 

“Mundo Novo, Vida Nova” é uma canção sobre renovação pessoal, superação do passado e a busca por um futuro próprio e autêntico. A letra destaca a importância de transformar memórias e esperanças em ações, com o eu lírico determinado a se libertar das limitações e viver com autenticidade. A interpretação de Elis Regina reforça a mensagem de renovação e empoderamento, tornando a música um verdadeiro hino de transformação pessoal. Composta por Gonzaguinha (1945-1991), “Mundo Novo, Vida Nova” foi gravada por ele mesmo em 1975 para o seu terceiro álbum, Plano de Voo. 

Das vinte faixas do álbum de Saudade do Brasil, cinco são de autoria de
Milton Nascimento compostas em parceria.

“Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso (1903-1964), é uma das mais famosas canções da música popular brasileira de todos os tempos e uma das que mais propagou a imagem do Brasil pelo mundo, ao lado de “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim (1927-1994) e Vinícius de Moraes (1913-1980). Elis já havia gravado “Aquarela do Brasil” alguns anos antes, e para Saudade do Brasil apresentou outra versão, que começa com flauta e percussão em um tom que sobe gradativamente. O coro faz vocalizações que simulam uma cantoria indígena, e sobre esse pano de fundo musical, Elis canta os versos de “Aquarela do Brasil”, exaltando a beleza e as qualidades do país. 

Milton Nascimento gravou “O Que Foi Feito Devera (de Vera)” para o álbum Clube da Esquina 2. É uma canção que reflete sobre os sonhos e experiências do passado, questionando o que restou deles, ao mesmo tempo em que busca aprender com o vivido para construir um futuro melhor, com esperança e consciência. 

Saudade do Brasil chega ao fim com “Redescobrir”, de Gonzaguinha, uma canção que celebra a conexão com a vida, a natureza e a coletividade, enfatizando a importância de redescobrir a própria essência, o valor das memórias e a força do renascimento pessoal através da união e da história compartilhada. É uma canção que remete às antigas cantigas de roda e traz um clima de renovação e esperança de liberdade, em um momento em que a ditadura militar no Brasil perdia força. A versão de Elis foi tema de abertura de novelas como Razão de Viver (1996), do SBT, e do remake de Ciranda de Pedra (2008), da TV Globo. 

Tanto o espetáculo quanto o álbum tiveram uma boa recepção por parte da crítica e do público. No início de setembro de 1980, o espetáculo Saudade do Brasil estreou em São Paulo, no TUCA (Teatro da Universidade Católica), onde ficou em cartaz por um mês. Enquanto a carreira profissional de Elis ia muito bem, seu casamento com César Camargo Mariano estava à beira do fim. Mesmo assim, os dois tentavam manter a relação profissional o mais tranquila possível. 

Após o lançamento do álbum Saudade do Brasil, chegava ao fim a relação de Elis com a gravadora Warner. O término do compromisso com a Warner fez Elis cumprir o trato que ela devia à gravadora EMI-Odeon, que era a gravação de um disco. Em outubro de 1980, Elis Regina gravou um álbum “toque de caixa” para cumprir o acordo, com produção de Mayrton Bahia e arranjos de César Camargo Mariano. Intitulado apenas Elis, o álbum que ela devia à EMI-Odeon chegou às lojas em dezembro de 1980. A faixa “Aprendendo A Jogar” (de Guilherme Arantes) foi a que fez mais sucesso do álbum. O público não sabia que aquele disco, para cumprir um compromisso tardio, seria o último lançado por Elis Regina em vida.

 

Faixas 

Disco 1

1- “Abertura / Arrastão / Lapinha” (César Camargo Mariano / Edu Lobo / Vinicius de Moraes / Baden Powell / Paulo César Pinheiro)

2- “Terra De Ninguém” (Marcos Valle / Paulo Sérgio Valle)

3- “Maria, Maria” (Milton Nascimento / Fernando Brant)

4- “Agora Tá” (Tunai / Sérgio Natureza)

5- “Alô, Alô Marciano” (Rita Lee / Roberto de Carvalho)

6- “Canção Da América” (Milton Nascimento / Fernando Brant)

7- “As Aparências Enganam” (Tunai / Sérgio Natureza)

8- “O Primeiro Jornal” (Sueli Costa / Abel Silva)

9- “Moda De Sangue” (Jerônimo Jardim / Ivaldo Roque)

10- “Marambaia” (Henricão / Rubens Campos)

 

Disco 2

1- “Presidente Bossa Nova” (Juca Chaves)

2- “Conversando No Bar” (Milton Nascimento / Fernando Brant)

3- “Onze Fitas” (Fátima Guedes)

4- “Menino” (Milton Nascimento / Ronaldo Bastos)

5- “Aos Nossos Filhos” (Ivan Lins / Vítor Martins)

6- “Sabiá” (Tom Jobim / Chico Buarque)

7- “Mundo Novo, Vida Nova” (Gonzaguinha)

8- “Aquarela Do Brasil” (Ary Barroso)

9- “O Que Foi Feito Deverá (de Vera)” (Milton Nascimento / Fernando Brant)

10- “Redescobrir” (Gonzaguinha)

 

Ficha Técnica 

Produção: Guti e César Camargo Mariano

Direção de Produção: Guti

Direção Musical e Arranjos: César Camargo Mariano

 

Músicos

César Mariano (teclados)

Sérgio Henriques (teclados)

Nené Camargo (trompete)

Cláudio Faria (trompete)

Octávio Bengla (sax tenor, clarinete)

Lino Simão (sax tenor)

Paulo Garfunkel (flauta, flautim, flauta doce, clarinete, sax alto, arranjo em "Canção da América")

Chiquinho Brandão (flauta, flauta doce, arranjo em "Canção da América")

Chacal (percussão)

Natan Marques (guitarra, viola-12, violão-aço, arranjo em "Canção da América")

Kzam (baixo e violão)

Bocato (trompete)

Sagica (bateria)

Elenco e coro: Orlando Barros, Serjão, Jorge Bueno, Carlos Nabarreto, Luiz Antônio Marrigo, Jorge Deffune, Rosaly Papadol, Albino Saré, Regina Machado, Waltinho, Brasília. 


“Abertura / Arrastão / Lapinha”

“Terra De Ninguém”

“Maria, Maria”

“Agora Tá”

“Alô, Alô Marciano”

“Canção Da América”

“As Aparências Enganam”

“O Primeiro Jornal”

“Moda De Sangue”

“Marambaia”

“Presidente Bossa Nova”

“Conversando No Bar”

“Onze Fitas”

“Menino”

“Aos Nossos Filhos”

“Sabiá”

“Mundo Novo, Vida Nova”

“Aquarela Do Brasil”

“O Que Foi Feito Deverá (de Vera)”

“Redescobrir” 

“Alô, Alô Marciano” (videoclipe exibido 
no "Fantástico", TV Globo, 1980)


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