“Essa Tal de Gang 90 & Absurdettes” (RCA, 1983), Gang 90 & Absurdettes



Por Sidney Falcão

Quando falamos do renascimento do rock brasileiro nos anos 1980, a imagem que logo à mente a banda Blitz e o seu megassucesso “Você Não Soube Me Amar”, de 1982, música que estouro nas rádios de todo o Brasil e impulsionou a estética new wave no país. Só que boa parte do público não sabe é que houve uma banda antes da Blitz que havia semeado a semente da new wave na horta musical brasileira, que germinaria e alimentaria boa parte das bandas brasileira desse gênero que viriam posteriormente. Trata-se da banda paulistana Gang 90 & As Absurdettes, fruto da mente inquieta do poeta, jornalista e DJ carioca Júlio Barroso (1953-1984).

Antes de fundar a Gang 90 & Absurdettes, Júlio teve uma passagem pelo jornalismo musical nos anos 1970. Com o amigo Antônio Carlos Miguel, criou em 1975 a revista Música do Planeta Terra. Com o fim da sua revista, continuou na imprensa musical: assinou coluna sobre música no Jornal da Música, coluna sobre música negra a revista Pop, e colaborou para a revista Somtrês. Foi ainda colaborador do jornalista Nelson Motta no jornal O Globo, de quem ficou amigo. Ao mesmo tempo que atuava como jornalista musical, Júlio ainda trabalhou como DJ nas boates Dancin’ Days e Noites Cariocas, ambas no Rio de Janeiro.

No final da década de 1970, foi morar em Nova York, nos Estados Unidos. Na maior cidade norte-americana, frequentou casas noturnas como Mudd Club, Ritz e CBGB’s, nas quais teve contato de perto com o movimento da new wave e a cena roqueira alternativa nova-iorquina daquele momento. Àquela altura, a new wave já havia ultrapassado a fronteira da cultura alternativa nova-iorquina e havia conquistado o mercado da música comercial. Mas no Brasil, aquela tendência era completamente desconhecida do grande público, que ainda respirava ares da disco music que já estava em franca decadência.


Julio Barroso nos anos 1970, quando atuava no jornalismo musical. 


Com a cabeça fervilhando de novas ideias, Júlio já arquitetava, num quarto de hotel em Nova York, na companhia do jornalista brasileiro Okky de Souza (namorado de sua irmã, Denise Barroso), a criação de uma banda new wave no Brasil dentro da realidade brasileira. Kid Creole & Coconuts, Blondie e B-52’s, serviram de referências para Júlio pensar no formato da sua banda. Previamente batizada previamente de Gang 90 & Absurdettes, a banda já esboçados a estética e o conceito musical. Inclusive, Júlio já havia escrito a letra da primeira música da banda: “Perdidos na Selva”. Júlio deixou Nova York em dezembro de 1980, rumo ao Brasil com pilhas de discos de new wave na bagagem e a ideia de uma banda de rock na cabeça.

De volta ao Brasil, Júlio não retornou para a sua cidade natal, o Rio de Janeiro. Fixou residência em São Paulo, onde foi convidado pelo jornalista Nelson Motta para ser o DJ da sua casa noturna que estava inaugurando naquela cidade, a Pauliceia Desvairada, a primeira do Brasil com estética new wave, uma novidade na época, quando as discotecas por aqui ainda existiam. A ideia de abrir uma casa noturna desse tipo no Brasil surgiu depois que Nelson esteve em Nova York e visitou as boates do gênero new wave de lá, apresentadas a ele pelo próprio Júlio Barroso quando lá ainda morava. Logo que Júlio chegou ao Brasil, foi convidado por Nelson para ser o DJ da noite de inauguração da Pauliceia Desvairada, onde fez a discotecagem tocando os discos de new wave que trouxera de Nova York.

No começo de 1981, Júlio começa a pôr em prática a ideia da criação da banda cujo nome dado por ele foi Gang 90 & Absurdettes. Nos vocais, o próprio Júlio Barroso, mais as backing vocals, as Absurdettes: Alice Pink Pank (namorada de Júlio), May East, Lonita Renaux (nome artístico adotado por Denise Barroso, irmã de Júlio) e Luíza Maria. No conceito de Júlio para a banda, ele exigia a completa desafinação das garotas, não era necessário saberem cantar. Aliás nem mesmo Júlio sabia cantar. Das garotas, a única que tinha alguma experiência era Alice Pink Pank, holandesa recém-chegada ao Brasil e que já havia participado de gravações como backing vocal na Europa.

Contudo, a banda de apoio contava com músicos experientes como Wander Taffo (guitarra), Lee Marcucci (baixo), Guilherme Arantes (teclados) e Gigante Brasil (bateria).

Guilherme Arantes já era um artista famoso, com álbuns gravados e sucessos radiofônicos no currículo. Apesar da fama, abraçou o projeto de Júlio depois que viu a letra de “Perdidos na Selva”. Guilherme musicou a letra, e usou a sua experiência como hitmaker para criar um refrão poderoso, “ganchudo”, capaz de seduzir o ouvinte. E assim “Perdidos na Selva” já tinha a música pronta para a letra escrita por Júlio ainda em Nova York.


Gang 90 & Absurdettes em sua primeira formação, da esquerda para a direita: 
Lonita Renaux, Alice Pink Pank, Júlio Barroso, Mae East e Luíza Maria.

A Gang 90 & Absurdettes fez a sua estreia na boate Pauliceia Desvairada, em São Paulo. O grupo começa a fazer o circuito alternativo de São Paulo e Rio de Janeiro apresentando a sua proposta musical que era uma new wave com influências tropicalistas.

Em pouco tempo, a banda lançava em 1981 o seu primeiro single “Perdidos Na Selva”, através do selo Hot, criado por Nélson Motta, com distribuição da Warner. O lado B trazia “Lilik Lamê”, versão em português de "Christine", da banda inglesa Siouxsie & The Banshees.

“Perdidos Na Selva” é inscrita no festival MPB-Shell 81, promovido pela TV Globo em agosto de 1981. A banda faz uma apresentação que impressiona o público na fase eliminatória e se classe para a final. Contudo, ao chegar na final, a Gang 90 fez uma apresentação modesta, sem o encanto da participação da fase anterior. Lucinha Lins vence o festival com “Purpurina”, e Guilherme Arantes fica em segundo lugar com a fantástica “Planeta Água”. Como a regra do festival exigia que o compositor só podia inscrever apenas uma canção, Guilherme Arantes, autor de “Planeta Água” e co-autor de “Perdidos Na Selva”, cedeu o crédito desta última para a inscrição no festival apenas a Júlio Barroso.

A Gang 90 não ganhou o festival, mas a sua “Perdidos Na Selva” ganhou as rádios FM do Brasil. Com boa execução nas rádios, a banda começa a aparecer em programas de TV e a ter mais shows agendados. “Perdidos Na Selva” foi incluída na trilha sonora do filme Menino do Rio, de Antônio Calmon. O filme, que reunia praia, sol, surfe e música, era dedicado ao público jovem, e sua trilha sonora, que trazia nomes como Lulu Santos, Ricardo Graça Melo, Rádio Táxi, a Gang 90, ajudou a acender a fagulha para o renascimento rock brasileiro na década de 1980 que iniciava.

O fato de “Perdidos Na Selva” ter projetado a Gang 90 não foi o suficiente para a alavancar as vendas do single da música que foram baixas. A banda acabou sendo dispensada pela Hot/Warner no final de 1981, e Júlio acabou retornando para Nova York.  Provavelmente, não entenderam a proposta musical inovadora da Gang 90 & Absurdettes. A banda paulista acabou “hibernando”.


Capa do primeiro compacto (single) da Gang 90 & Absurdettes, "Perdidos na Selva". 


Porém, a semente que a Gang 90 havia plantado, havia germinado. Em 1982, a banda Blitz, uma espécie de versão carioca e mais “palatável” da Gang 90, estourava de norte a sul do Brasil com o sucesso “Você Não Soube Me Amar”, e abria de vez as portas para um novo momento para o rock brasileiro naquela década de 1980.

O sucesso da Blitz motivou Júlio Barroso a voltar para o Brasil naquele mesmo ano de 1982. De volta a São Paulo, Júlio reativa a Gang 90, e chama novamente Alice Pink Pank, May East e Lonita Renaux; Luíza havia se casado com Guilherme Arantes e não voltou à Gang 90. A banda de apoio contou com Herman Torres (guitarra e teclados), Miguel Barella (guitarra), Skowa (baixo) e Victor Leitte (bateria). Mas, essa banda de apoio passa por uma grande rotatividade de músicos. O grupo passa a se resumir a Júlio, May, Alice, Lonita e a Herman, este último efetivado à formação principal, que além de cantar, se tornaria parceiro de Júlio em algumas músicas da banda.

Em 1983, o sucesso da Blitz (que já estava com o segundo álbum, o Radioatividade) incentivou as gravadoras a terem a sua própria “Blitz” e apostarem na new wave. A gravadora RCA viu na Gang 90 essa possibilidade e a contratou. Lançam o single de “Nosso Louco Amor”, música que vira tema de abertura da novela Louco Amor, da TV Globo. Com o single estourado, chega às lojas Essa Tal de Gang 90 & Absurdettes, o primeiro álbum da Gang 90.

O “tardio” álbum de estreia da Gang 90 apresenta nas suas 10 faixas, a ideia estético-musical concebida por Júlio para a banda desde que morava em Nova York. A estética new wave está presente desde o figurino da banda, na foto da capa do álbum até a arte gráfica dessa mesma capa, da contracapa e do encarte. Percebe-se que agregada à sonoridade new wave da banda paulista, estão influências do Tropicalismo, do reggae, da música pop, música brega. Nas letras, há referências de quadrinhos, cinema e literatura.


Gang 90 & Abnsurdettes em 1983: Júlio, Mae, Alice , Lonita e Herman Torres.


“Nosso Louco Amor” é a faixa que abre Essa Tal de Gang 90 & Absurdettes, um rock tipicamente new wave, alegre e dançante. O guitarrista Herman Torres é quem faz o vocal principal, enquanto que as meninas os vocais de apoio. A voz robótica emitida através do vocoder, é de Herman. Quando “Nosso Louco Amor” serviu de tema de abertura da telenovela Louco Amor, da TV Globo, a Gang 90 & Absurdettes ganhou uma grande visibilidade, tornando-a conhecida nos quatro cantos do Brasil. O single da música vendeu mais de 100 mil cópias.

“Românticos a Gô-Gô”, a segunda faixa, começa num volume baixíssimo e aos poucos vai crescendo até a música se desenrolar num ritmo veloz e percussivo tropical. Tendo apenas as Absurdettes nos vocais, a “Românticos a Gô-Gô” traz em sua letra apenas uma longa lista de nomes de personalidades: Donga, Cartola, Guevara, Sinhô / Jimi, Caymmi, Roberto, Melo / Rita, Lolita, Del Fuego, Bardot / Gato, Coltrane, Picasso, Cocteau / Zeca, Zé Kéti, Gigante, Wally / Jorge, Lonita, Sarita, Ceci / Cummings, John Done, Augusto, Pagu / Yoko, Rodchenko and B-52. E a letra prossegue com outras dezenas de nomes.

“Telefone” é mais uma canção sobre amor presente no álbum, um tema frequente nas canções de Júlio Barroso, mas que era abordado por sem soar piegas, “meloso”. A música é um rock balada com Júlio cantando as estrofes, enquanto as garotas cantam o refrão. Na canção, a letra trata sobre uma conversa telefônica de um casal de namorados, onde a distância e a hora não são empecilhos para os amantes trocarem confidências e juras de amor ao telefone, afinal, como bem diz os versos: “Pra quem ama a distância não é lance / Nossa onda de amor não há quem corte”. Em 1999, a banda Penélope incluiu os primeiros versos de "Telefone" na canção "Holiday", primeiro sucesso do grupo baiano.

“Eu Sei, Mas Eu Não Sei”, é uma versão em português de “I Know But I Don't Know”, do Blondie, banda norte-americana ícone da new wave. Júlio e Herman, as vozes masculinas, revezam com os vocais femininos das Absurdettes.

O lado A do álbum no formato LP, termina com o rock new wave e dançante “Convite Ao Prazer”. A vida noturna e o sexo, temas abordados na música, eram assuntos frequentes nas canções da Gang 90, e que por serem compostas em sua maioria por Júlio Barroso, eram um reflexo da sua agitada e urgente vida pessoal. A frase tomada emprestada do poeta russo Vladimir Maiakovski (1893-1930), “Prefiro morrer de vodka do que de tédio”, resume o que era a vida louca do fundador da Gang 90.


Vladimir Maiakovski; poeta russo inspirando o também poeta e roqueiro brasileiro Júlio Barroso. 


“Dada Globe Orixás” inicia o lado B do álbum. É uma versão em português de “Spaced Out In Paradise”, de Clive Stevens. A música apresenta em sua letra uma mistura de referências culturais em sua letra, uma espécie de antropofagia tropicalista em versão new wave: “Dada globe orixás / Hully gully guitarras palmeirais / Candomblé transcendental / Beatnick rastafari canibal”. Herman e As Absurdettes se revezam nos vocais, sendo o refrão apenas cantado por elas. Júlio recita os versos finais da música: “Carros cores calor noturno / Camisas abertas tatuagem suada / Eu quero tudo o que há no mundo / Pernas quentes morenas suadas”.

“Perdidos Na Selva” aparece no álbum numa versão reggae, bem diferente da versão original gravada em 1981 que era em ritmo de rock bem ao estilo new wave. No álbum, a nova versão começa com cantos de pássaros, ruídos de floresta e um rugido de leão. Logo depois, entra a música num ritmo reggae bem num clima tropical. Herman Torres faz o vocal principal, enquanto que as garotas fazem os vocais de fundo. A faixa se encerra num canto tribal feito pelas Absurdettes. Apesar da irreverência da versão do álbum, a versão original de “Perdidos Na Selva” de 1981 ainda é insuperável.

O romantismo volta a se manifestar em “Noite E Dia”, uma parceria de Júlio Barroso e Lobão. A música guarda uma história curiosa. Ela teria sido composta por Júlio e Lobão, após descobrirem numa conversa que tiveram, que estavam apaixonados pelas mesmas mulheres. Exato, as mesmas mulheres. Júlio era namorado de Alice Pink Pank, era apaixonado por ela, mas tinha uma paixão também pela cantora Marina Lima, amiga dele e de Lobão. Por outro lado, Lobão nutria uma grande paixão por Marina - amiga e da qual foi baterista da sua banda - estaria apaixonado também por Alice Pink Pank. As revelações que poderiam resultar numa grande confusão, acabou gerando uma canção de amor, “Noite E Dia”, que anos depois foi regravada pelo próprio Lobão, e também por Marina Lima, uma das musas da canção.

“Mayacongo” é um rock new wave com um toque sutil jazzístico. É talvez a faixa com os arranjos mais elaborados no álbum.

“Jeck Kerouac” é a música que encerra o álbum Essa Tal de Gang 90 & Absurdettes. A música é uma homenagem ao poeta beat norte-americano Jack Kerouac (1922-1969), um dos ídolos de Júlio Barroso, e também uma de suas grandes influências literárias. Enquanto as Absurdettes fazem as vocalizações de fundo, Júlio declama os versos da música, onde ele descreve um sonho que teve com Kerouac.

Comercialmente, Essa Tal de Gang 90 & Absurdettes teve uma vendagem modesta, cerca de 40 mil cópias vendidas. O sucesso de “Nosso Louco Amor” e as 100 mil cópias vendidas do single, ao menos foi um alento e deu visibilidade à banda.

Ainda assim, a Gang 90 teve as suas primeiras baixas pós-álbum de estreia. No final de 1983, Alice Pink Pank deixa a Gang 90. Ela troca de banda e de namorado. Deixou a Gang 90 e terminou o namoro com Júlio Barroso. Ela entra numa banda que estava se formando, a Lobão & Os Ronaldos, liderada por Lobão, parceiro e amigo de Júlio, e ... novo namorado de Alice Pink Pank. Contudo, a novidade na abalou a amizade de Lobão e Júlio. No lugar de Alice, entrou Taciana Barros, uma garota de 18 anos, que além de nova integrante da banda, se tornou a nova namorada de Júlio Barroso.


Lobão & Os Ronaldos: Lobão à esquerda, 
Alice Pink Pank ao centro

Em 1984, May East e Herman Torres também deixam a Gang 90. Com as novas baixas e visando novos rumos para a banda, Júlio faz uma reformulação na Gang 90 que passou a contar com uma nova formação. Além de Júlio e Taciana, a banda passa a contar com Roberto Firmino (vocais e teclados), Gilvan Gomes (guitarra), Paulo Le Petit (baixo) e Gigante Brasil (bateria), que já fazia algum tempo, era membro da banda de apoio da Gang 90. Com esse novo formato, praticamente Júlio teria terminado com os vocais de apoio femininos, as Absurdettes.

Além da reformulação da banda, Júlio estava compondo novas canções, preparando repertório para o segundo álbum da Gang 90, ainda que a banda estivesse sem gravadora naquele momento, já que fora dispensada pela RCA. As outras gravadoras não queriam saber da Gang 90, mais por causa de Júlio Barroso, que segundo elas gostava de arrumar confusão. Mesmo assim, Júlio mostrava-se motivado.

Porém, em 6 de junho de 1984, uma notícia inesperada choca o público: Júlio Barroso morreu ao cair da janela de seu apartamento no 11º andar, em São Paulo, aos 30 anos de idade. A tese de suicídio foi descartada por amigos porque segundo eles, Júlio vivia um momento bastante positivo: nova namorada, reformulação da Gang 90, projeto de um novo álbum. Acredita-se que a queda teria sido acidental.

Júlio foi velado um dia após a sua morte no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. Na ocasião, Lobão e Cazuza, amigos de Júlio, estiveram no velório e quiseram prestar uma última “homenagem” ao líder da Gang 90: teriam cheirado uma fileira de cocaína sobre o caixão de Júlio Barroso.

Um mês após a morte de Júlio Barroso, um show em homenagem à sua memória na boate Noites Cariocas, no Rio de Janeiro, e que contou com a participação de Lobão & Os Ronaldos, Cazuza, Gang 90 (em nova formação), Absurdettes (com as ex-vocalistas da Gang 90) e Banda dos Poetas.

Com a morte de Júlio, Taciana Barros tomou o comando da Gang 90, manteve a banda na ativa e nos projetos que estavam em andamento. Graças à ajuda do produtor Ezequiel Neves e de Cazuza (na época vocalista da banda Barão Vermelho), a Gang 90 assinou contrato com a gravadora Opus Columbia, a mesma da qual o Barão Vermelho também fazia parte.

Através da Opus Columbia, a Gang 90 lançou em 1985 o seu segundo álbum, Rosas E Tigres, o primeiro sem Júlio Barroso. O álbum chegou a emplacar a faixa “Novamente Aconteceu”, que teve uma razoável execução em rádio, mas o êxito comercial de Rosas E Tigres foi fraco.

Em 1987, a Gang 90 lançou Pedra 90, pela gravadora Continental. Era o seu terceiro e último álbum. Naquele mesmo ano, a Gang 90 chega de uma vez ao fim.


Após 30 anos, em fevereiro de 2019, Taciana Barros anunciou o retorno da Gang 90, contando com vários convidados para compor a banda, e com possibilidade para gravação de um novo álbum.

Faixas

Lado A

  1. “Nosso Louco Amor” (Herman Torres - Júlio Barroso)
  2. “Românticos A Gô-Gô” (Alice Pink Pank - Júlio Barroso)
  3. “Telefone” (Júlio Barroso)
  4. “Eu Sei, Mas Eu Não Sei’ (‘I Know But I Don't Know’)” (Frank Infante - Júlio Barroso)
  5. “Convite Ao Prazer” (Wander Taffo - Julio Barroso - Lee Marcucci)
Lado B

  1. “Dada Globe Orixás’ (‘Spaced Out In Paradise’)” (C.Stevens – Lincoln Gomes)
  2. “Perdidos Na Selva” (Júlio Barroso - Márcio Vaccari - Guilherme Arantes)
  3. “Noite E Dia” (Júlio Barroso - Lobão)
  4. “Mayacongo” (Luiz Fernando Borges - Júlio Barroso - Luiz Paulo Simas)
  5. “Jack Kerouac” (Alice Pink Pank - Júlio Barroso)
Gang 90 & Absurdettes: Júlio Barroso (vocal), Herman Torres (vocal e guitarra), Alice Pink Pank (vocais), May East (vocais) e Lonita Renaux (vocais).
Músicos de apoio: Gigante Brazil e Albino Infantozzi: baterias; Luiz Paulo Simas: teclados; Otávio Fialho: baixo; Wander Taffo: guitarra adicional.


Referências:
Revista Veja – 24/agosto/1983 – Edição 781
Revista Roll – julho/1984 – Edição 10
BRock: o rock brasileiro dos anos 80 – Arthur Dapieve, 1995, Editora 34
Noites Tropicais: solos, improvisos e memórias musicais – Nelson Motta, 2000, Editora Objetiva
Dias de Luta: o rock e o Brasil dos anos 80 – Ricardo Alexandre, 2013, Arquipélago Editorial
Wikipedia




Ouça na íntegra o álbum Essa Tal de Gang 90
& Absurdettes


"Telefone" (videoclipe original)



"Perdidos na Selva" (videoclipe com 
versão original, 1981)





Comentários