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Mostrando postagens de julho, 2024

“Memórias, Crônicas e Declarações de Amor” (Phonomotor Records/EMI, 2000), Marisa Monte

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Por Sidney Falcão No ano 2000, Marisa Monte já era uma das artistas mais reconhecidas e respeitadas da música brasileira. Sua carreira havia decolado na década de 1990 com o lançamento de álbuns aclamados pela crítica e pelo público como Mais (1991), Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão (1994) e Barulhinho Bom (1996), que mostravam sua versatilidade musical e sua habilidade de mesclar diferentes estilos, como MPB, samba, bossa nova e música pop.   Naquele momento, Marisa Monte representava uma renovação na música popular brasileira, combinando tradição e inovação de forma única. Sua voz cativante e sua interpretação emocional conquistaram uma base de fãs fiel e lhe renderam elogios da crítica, além de uma série de prêmios e honrarias.   Além de sua contribuição como intérprete, Marisa Monte também se destacava como compositora e produtora, colaborando com outros artistas e contribuindo para a criação de um som contemporâneo e autêntico, a tal ponto de fundar o seu própri

“Velô” (Philips, 1984), Caetano Veloso

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Por Sidney Falcão Após os shows que promoveram o álbum Uns (1983), a pareceria de pouco mais de seis anos entre Caetano Veloso e A Outra Banda da Terra chegava ao fim. O baterista Vinícius Cantuária já vinha desenvolvendo a sua carreira como cantor em paralelo à de músico na banda, e manifestava o desejo de se dedicar exclusivamente aos seus projetos individuais. Arnaldo Brandão, o baixista d’A Outra Banda da Terra, também mostrara o desejo a banda. Integrante desde o início do grupo, Vinícius Cantuária acreditava que após tanto tempo, era necessário extinguir a banda, o que seria melhor inclusive para Caetano para respirar novos ares sonoros. Embora já muito habituado com A Outra Banda da Terra, Caetano também chegou à conclusão que a sua parceria com a banda havia se esgotado.   Em 1984, após o término de A Outra Banda da Terra, Caetano Veloso começou a planejar a formação de uma nova banda e a concepção de seu próximo álbum. O artista de Santo Amaro da Purificação reuniu um grup

“A Hard Day’s Night” (Parlophone, 1964), The Beatles

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Por Sidney Falcão Em 1964, os Beatles finalmente alcançaram o topo da popularidade. Desde o lançamento de WithThe Beatles no ano anterior, o quarteto já havia conquistado não apenas os corações dos britânicos, mas também toda a Europa. A Beatleamania atravessou o Atlântico e conquistara os Estados Unidos, onde o single de "I Want To Hold Your Hand" liderou as paradas por sete semanas, mostrando que a invasão britânica estava em pleno vapor. Tamanha era a sua popularidade que, na primeira semana de abril de 1964, os Beatles ocuparam todas as cinco primeiras posições na parada da Billboard , além de mais sete títulos no Hot Hundred . Conquistado o mercado americano, a febre da Beatlemania se disseminou pelo resto do planeta. O quarteto de Liverpool dominava as paradas de sucesso mundiais e a cultura pop como nenhum outro grupo antes. Apesar do estrelato alcançado, os Beatles não diminuíram o ritmo frenético de trabalho. Logo após a bem-sucedida primeira visita aos Estado

“The B-52’s” (Warner,1979), The B-52’s

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Por Sidney Falcão Keith Strickland e Ricky Wilson (1953-1985) já eram amigos muito antes do surgimento do B-52’s. Tudo começou lá pelos idos de 1971, quando eram adolescentes frequentando um colégio em Athens, Georgia, nos Estados Unidos. Naquela época, Ricky já dedilhava sua guitarra e registrava algumas de suas composições em um modesto gravador de rolo. Foi durante uma visita à casa de Ricky que Keith teve seu primeiro contato com as canções do amigo. A partir desse momento, uma semente foi plantada e os dois começaram a compor e tocar juntos, dando os primeiros passos rumo ao que viria a ser o icônico B-52’s. Mas somente numa noite de outubro de 1976, que a história do B-52’s começou a ser traçada. O cenário? Um animado bar chinês em Athens. Entre risadas e copos numa bebedeira, uma energia única pairava no ar, reunindo almas afins. Naquela farra alcoólica estavam presentes Keith Strickland, os irmãos Ricky e Cindy Wilson, mais Fred Schneider e Kate Pierson, esses dois últimos,