“Banda dos Contentes” (Polydor, 1976), Erasmo Carlos
Na primeira metade dos anos 1970, Erasmo Carlos vivia uma plena transformação na sua carreira artística. Havia se desvencilhado da imagem de pop star da Jovem Guarda e se transformado num artista mais maduro e buscando novos horizontes. Para tanto, procurou ampliar o seu arco de referências musicais, flertando com o samba, com a soul music e a MPB, sem com isso abandonar o rock. Nessa nova fase, além da parceria com o “amigo-irmão” Roberto Carlos, Erasmo gravou canções de gente do alto escalão da MPB como Caetano Veloso, Jorge Ben, Marcos Valle, Taiguara entre outros. Toda essa bagagem resultou na sequência dos melhores álbuns da sua carreira como Carlos, Erasmo… (1971), Sonhos e Memórias – 1942-1972 (1972), 1990 – Projeto Salva Terra (1974) e Banda dos Contentes (1976), álbuns que tornaram Erasmo um artista respeitado pela crítica. Desse quarteto de álbuns, o mais bem sucedido foi Banda dos Contentes. Se os álbuns anteriores agradaram a crítica, Banda dos Contentes não...