“Double Fantasy” (Geffen Records, 1980), John Lennon e Yoko Ono

Por Sidney Falcão

Em 1973, John Lennon e Yoko Ono decidiram se separar. Após sair de casa, Lennon engatou um romance com May Pang. Americana descendente de chineses, Pang trabalhou como assistente do ex-beatle e de Yoko. O romance de Lennon e de Pang durou cerca de um ano e meio, e há relatos de que a relação teria sido apoiada pela própria Ono. Lennon e Pang chegaram a morar juntos em Los Angeles. Mais tarde, esse período em que esteve separado de Ono foi batizado por Lennon de “Lost Weekeend” (“Fim de Semana Perdido”).

John Lennon e Yoko Ono reataram o casamento em 1975. Nessa nova fase do casamento nasceu em outubro daquele ano o primeiro e único filho do casal, Sean Lennon. O nascimento de Sean motivou Lennon a afastar-se da carreira artística temporariamente. Lennon não queria repetir o mesmo erro que cometeu nos anos 1960 com Julian Lennon, seu filho com a sua primeira esposa, Cynthia Lennon. Na época, com os Beatles no auge da beatlemania, com tantas turnês, programas de TV, gravações discos e filmes, Lennon pouco deu atenção a Julian nos seus primeiros anos de vida. Com Sean, John Lennon queria aproveitar a nova chance em exercitar melhor a sua paternidade, dar mais atenção ao filho, optando em se afastar do mundo da música e da fama por alguns anos.

Família feliz: John Lennon segurando Sean Lennon recém-nascido.
Ao fundo, Yoko Ono.

O retorno de Lennon começou com uma viagem de barco às Ilhas Bermudas, em meados de 1980. Com a aproximação do 40º aniversário, Lennon queria aproveitar a velha máxima de que quando se chega aos 40 anos, o homem se lança em algum tipo de desafio, de aventura. Foi então que surgiu a ideia de fazer uma viagem num iate até as Bermudas. Lennon combinou com Yoko que assim que chegasse ao destino, Sean seria enviado de avião dos Estados Unidos até as Ilhas Bermudas para se encontrar com ele.

No início de junho de 1980, John e mais três amigos zarparam num iate, de Newport, em Rhode Island, nos Estados Unidos rumo às Ilhas Bermudas. Durante a viagem, o barco enfrentou uma forte tempestade em que a tripulação passou mal, exceto John Lennon, que de astro do rock, assumiu o papel de velejador destemido, e conseguiu conduzir a embarcação até o seu destino com muita bravura. Apesar de temerosa, a experiência serviu de elemento renovador na criatividade de Lennon, e foi uma das motivações para o cantor vir a gravar um novo álbum.

John Lennon no comando do barco em direção às Ilhas Bermudas,
acompanhado do amigo Elliot Mintz.

Em Hamilton, capital das ilhas Bermudas, Lennon e o filho Sean se reencontraram e passaram cerca de dois meses, juntamente com o grupo que viajou de barco. Numa saída à noite quando foi a uma boate com amigos, John Lennon ouviu uma música que lhe chamou a atenção, “Rock Lobster”, dos B-52’s. Lennon ficou impressionado com a música da banda americana, especialmente com as vocalizações de Cyndi Wilson e Kate Pierson, que para ele, guardavam semelhanças com as de Yoko Ono. Na concepção de Lennon, as vocalizações estranhas que Yoko fazia no início dos anos 1970, haviam sido assimiladas por aquela nova geração roqueira. Motivado, Lennon ligou imediatamente para Yoko que estava em Nova York para contar a novidade. O ex-beatle acreditava que já havia chegado a hora dele e de Yoko encerrarem o período de reclusão e voltarem à música.

Hit da banda new wave B-52's foi um dos elementos que motivaram
John Lennon a retomar a sua carreira artística.

Cheio de inspiração, Lennon começou a escrever novas canções e gravou algumas fitas demo. Por telefone, Lennon e Yoko, compartilhavam as canções quem ambos estavam escrevendo. A empolgação do ex-beatle havia contagiado Yoko que também estava escrevendo novas canções em Nova York. Antes mesmo de retornar para Nova York, John Lennon incumbiu Yoko Ono de escolher um produtor para a gravação das novas canções que estavam escrevendo. O escolhido foi Jack Douglas, produtor que já havia trabalhado com bandas como Aerosmith e Cheap Trick.

De volta aos Estados Unidos, John, Yoko e Douglas, iniciaram as gravações em agosto de 1980, no estúdio Hit Factory, em Nova York. Os músicos contratados só souberam para quem iriam gravar no dia em que começaram as gravações. Era uma exigência de Lennon e Ono, que queriam manter tudo sob sigilo. As sessões de gravação foram bancadas pelo casal, já que Lennon estava sem contrato com gravadora naquele momento.

Yoko Ono, John Lennon, um desconhecido e
o produtor Jack Douglas (canto inferior direito).

Porém, após o vazamento da notícia de que John Lennon havia voltado a gravar, várias gravadoras começaram a fazer propostas de contrato ao ex-beatle. Mas Lennon fazia algumas exigências, dentre elas a de que a sua contratação incluiria também Yoko Ono, e que o contrato deveria ser assinado antes do material que ele estava gravando fosse ouvido pela gravadora contratante. Lennon não queria que a companhia fizesse interferências no material gravado, o que acabou desestimulando algumas companhias. Até mesmo Ahmet Ertegun, co-fundador da Atlantic Records, havia procurado pessoalmente John Lennon para contratá-lo, mas o inglês rejeitou a proposta do empresário.

Quem aceitou todas as condições de Lennon foi a novata Geffen Records, gravadora fundada por David Geffen e que estava iniciando as suas atividades naquele ano de 1980. Ousadamente, as duas primeiras contratações da nova gravadora foram duas estrelas consagradas, respectivamente Donna Summer e John Lennon.

Em 20 de outubro de 1980, foi lançado o single “(Just Like) Starting Over”. A canção foi escolhida para ser a primeira música de trabalho do álbum que estava por vir porque tinha tudo a ver com a retomada da carreira de Lennon, após o seu período de cinco anos de reclusão.

O tão esperado novo álbum foi lançado em 17 de novembro de 1980. Batizado como Double Fantasy, o título do álbum vem do nome de uma flor, “dupla fantasia”, encontrada por John Lennon ao visitar com o filho Sean um jardim botânico nas Ilhas Bermudas.

Double Fantasy é na prática um álbum conceitual, cuja temática gira em torno do reencontro de um homem e de uma mulher anos depois de um relacionamento que vivenciaram. Ou seja, o conjunto de canções presentes no álbum traça um painel do que foi a vida conjugal de John Lennon e Yoko Ono desde a separação, passando pela reconciliação até o momento em que o casal retoma a carreira musical. O álbum é dividido em canções compostas e cantadas por John Lennon, e outras compostas e cantadas por Yoko Ono. No entanto, não há uma divisão em blocos de canções de um e de outro. Há uma alternância de canções compostas e cantadas por um e pelo outro, uma canção escrita e cantada por John Lennon, e na sequência uma outra escrita e cantada por Yoko Ono.

John Lennon e Yoko Ono nas sessões de gravação de Double Fantasy.

O álbum começa com a faixa “(Just Like) Starting Over”, canção que já havia sido lançada como single semanas antes do álbum chegar às lojas. A música é um pop rock com inspiração nas canções doo-wop dos anos 1950, porém com um tratamento mais moderno. Em alguns momentos da canção, John Lennon chega a cantar imitando Elvis Presley e Roy Orbison, dois dos seus maiores ídolos do rock’n’roll quando era adolescente em Liverpool, Inglaterra. A letra da canção faz referência à vida a dois de Lennon e Ono, dos momentos difíceis que os dois passaram juntos, e da superação, da reconciliação, do começar de novo. 

Em seguida vem “Kiss, Kiss, Kiss”, um pop rock com acentuação new wave, escrita e cantada por Yoko Ono. A letra é essencialmente sexual, em que Yoko manifesta com toda a liberdade, o desejo que tem pelo homem que ama, a tal ponto de simular um orgasmo na reta final da faixa.

“Cleanup Time” é um misto de pop rock e funk, em que John Lennon canta sobre a necessidade de fazer uma limpeza na sua vida, uma faxina para assim poder vivenciar a sua nova vida, uma vida mais reclusa, mais doméstica, mais familiar, quando o ex-beatle passou a dedicar-se ao seu filho Sean, afastando-se das drogas e do álcool. A letra até faz uma referência à inversão de papeis de um casal tradicional, e que havia se tornado uma realidade na vida do casal Lennon e Ono: “The queen is in the counting home / Counting out the Money / The king is in the kitchen / Making bread and honey / No friends and yet no enemies / Absolutely free / No rats aboard the magic ship / Of perfect harmony” (“A rainha está no escritório / Contando o dinheiro / O rei está na cozinha / Fazendo pão de mel / Sem amigos, nem inimigos / Absolutamente livres / Sem ratos a bordo no navio mágico / De perfeita harmonia”).

Escrita e cantada por Yoko Ono, “Give Me Something” é um pop rock bem ao estilo new wave, e que trata sobre a frieza humana, da falta de empatia. Na sequência, duas canções que são interligadas, “I’m Losing You” e “I’m Moving On”. Enquanto em “I’m Losing You”, Lennon é um homem fragilizado, que reconhece os seus erros e teme perder a mulher que ama, em “I’m Moving On”, Yoko parece dar uma resposta à canção antecessora, não se deixando comover pelas palavras doces do seu amante que quer uma reconciliação. Ela diz que vai embora, que está partindo, em versos duros e diretos. É a mulher forte, decidida, dona do seu destino.

A linda e delicada balada “Beautiful Boy (Darling Boy)” foi composta por John Lennon e dedicada ao filho Sean Lennon. Nos primeiros versos, Lennon é o pai que tenta consolar o filho que estaria tendo um pesadelo. Ao longo da canção, Lennon demonstra todo o seu carinho e amor pelo filho, desejando vê-lo crescer. “Beautiful Boy (Darling Boy)” encerra o lado 1 da versão LP do álbum.

John Lennon e o filho Sean Lennon
nas Ilhas Bermudas, em 1980.

Iniciando o lado 2, “Watching The Wheels”, uma balada que é na verdade um recado de John Lennon àqueles que o questionavam por ter rejeitado a vida de estrela do rock para viver recluso numa vida doméstica dedicada ao filho: “People say I'm crazy doing what I'm doing / Well, they give me all kinds of warnings to save me from ruin / When I say that I'm o.k. well they look at me kind of strange” (“As pessoas dizem que eu sou louco por fazer o que faço / Bem, eles me dão todos os tipos de conselhos para me salvar do fracasso / Quando eu digo que eu estou bem eles olham para mim de um jeito estranho”).

“Yes, I’m Your Angel” foi composta por Yoko especialmente para o aniversário de 40 anos de John Lennon. Na letra, Yoko se passa por uma fada que atenderá a todos os desejos de Lennon. Singela, a canção tem um arranjo que remete ao jazz dos anos 1930, e mostra Yoko numa de suas melhores interpretações como cantora.

“Woman” não só é uma das principais músicas de Double Fantasy como um dos maiores sucessos da carreira solo de John Lennon. Musicalmente, “Woman” é uma balada que guarda influências de baladas da fase ouro da Motown e dos Beatles. A linha melódica é agradável e de fácil assimilação, se aproximando dos tipos de balada de Paul McCartney com os Wings na década de 1970. “Woman” foi composta por Lennon em homenagem a Yoko Ono, e também a todas as mulheres. Por meio de versos simples, Lennon mostra toda a sua devoção, carinho e gratidão ao ser feminino. Após o fato trágico que ocorreu semanas depois com o cantor, os versos de “Woman” parecem uma espécie de carta de despedida e de agradecimento à mulher com quem ele viveu.

“Beautiful Boys” foi escrita por Yoko e dedicada ao filho Sean e ao marido John Lennon. A canção possui lindos e comoventes versos em que Yoko Ono expressa o seu amor de mãe, ao se referir ao filho, e de mulher ao se referir ao marido. Em seguida, vem a alegre “Dear Yoko”, onde Lennon fala da falta que sente da esposa quando está longe dela.

As duas últimas faixas são protagonizadas por Yoko, quebrando assim a sequência Lennon/Yoko.

“Every Man Has A Woman Who Loves Him” foi composta e cantada por Yoko, contando com John Lennon fazendo os vocais de apoio, e ressalta que “todo homem tem uma mulher que o ama”, mas que também “toda mulher tem um homem que a ama”.

“Hard Times Are Over”, também escrita e cantada por Yoko Ono, tem ares de blues gravado ao vivo em algum bar americano. A música saúda o fim dos tempos difíceis que chegaram ao fim, nem que seja “por enquanto”. E é “Hard Times Are Over” encerra o álbum em clima de despedida.

Apesar do retorno de John Lennon ter sido tão aguardado pelo público, a reação da imprensa musical ao lançamento do álbum Double Fantasy foi bastante negativa. A revista semanal britânica dedicada à música, Melody Maker, foi bastante dura e irônica com Double Fantasy, ao afirmar que o novo álbum de John Lennon “cheira a esterilidade complacente” e é um “tremendo bocejo”. Mesmo o retorno de Lennon tendo sido tão aguardado pelo público, as vendas iniciais do álbum foram modestas. Seria por causa da presença de Yoko Ono em metade das faixas do álbum? Talvez sim.

Yoko Ono e Joh Lennon na sessão de fotos para a capa de Double Fantasy.

Em 5 de dezembro de 1980, John Lennon e Yoko Ono deram a famosa e longa entrevista para a revista Rolling Stone, publicada somente em janeiro de 1981. Na entrevista, Lennon conta muita coisa da sua vida, sobre o seu período nos Beatles, seu casamento com Yoko, os anos em que passou afastado da carreira musical, o retorno e o novo álbum.

No final da tarde do dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon e Yoko Ono deixavam o edifício Dakota, em Nova York, para embarcar na limusine que levaria o casal para o estúdio Record Plant, onde iria gravar a música “Walking On Thin Ice”. Antes de entrar no veículo, Lennon atendeu aos fãs, deu autógrafos e tirou fotos. Entre os fãs, estava Mark David Chapman, um homem que se dizia fã dos Beatles e de John Lennon. Ele teve a sua cópia do LP Double Fantasy autografada por Lennon. Depois de atender a todos, o casal embarcou na limusine e foram embora.

À noite, as 22 horas, a limusine estava trazendo de volta John Lennon e Yoko Ono para o edifício Dakota. Logo que depois que desceu da limusine e se dirigia para a entrada do edifício, John Lennon ouviu alguém chamá-lo. Ao virar-se para trás, Lennon foi surpreendido com cinco disparos de revólver calibre 38, disparados por Mark Chapman, a mesma pessoa que horas antes teve a sua cópia de Double Fantasy autografada pelo ex-beatle. Yoko correu aos gritos até ao marido caído e baleado na frente do edifício, enquanto que o porteiro acionou a polícia, que logo chegou ao local.

Surpreendentemente, Chapman, autor do crime, permaneceu no mesmo lugar, encostado na parede do edifício Dakota, lendo o livro O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger. A arma e a cópia de Double Fantasy autografada por Lennon para Chapman estavam caídas no chão.

John Lennon foi levado às pressas para o Hospital Roosevelt ainda com vida. Porém, às 23:07, Lennon não resistiu e faleceu. A morte de John Lennon gerou grande comoção em escala mundial.

John Lennon autografando uma cópia do LP de Double Fantasy para
o fã Mark Chapman, o mesmo que horas mais tarde o assassinou.

A morte de Lennon refletiu no desempenho comercial de Double Fantasy e nos singles gerados pelo álbum. Se antes o desempenho comercial do álbum era modesto, depois do assassinato de Lennon as vendas de Double Fantasy cresceram muito. Na parada de álbuns do Reino Unido, o álbum havia caído do 14º lugar para o 46º, mas depois do assassinato, subiu diretamente para o 2º lugar permanecendo por sete semanas, e em seguida assumiu o 1º lugar por duas semanas. Nos Estados Unidos, o álbum estava em 11º lugar na parada da Billboard, e com a morte de Lennon, o álbum subiu para o 1º lugar, onde permaneceu na liderança por oito semanas. Double Fantasy vendeu nos Estados Unidos cerca de três milhões de cópias.

O single de “Woman”, lançado em janeiro de 1981, alcançou o 1º lugar na parada de singles do Reino Unido e 2º lugar na Billboard Hot 100 por três semanas nos Estados Unidos. O single de “Watching The Wheels” alcançou o 10º lugar nos Estados Unidos e 30º lugar no Reino Unido.

Os antigos sucessos do início da carreira solo de Lennon como “Imagine” e “Happy Xmas”, voltaram às paradas de rádio em todo o mundo, assim como aumentou a procura pelos antigos álbuns do cantor.

Em 1982, Double Fantasy foi contemplado com um prêmio Grammy na categoria “Álbum do Ano”. O álbum foi eleito em 1989 o 29º melhor álbum pela revista Rolling Stone, na sua lista dos 100 melhores álbuns dos anos 1980.

Quanto a Mark Chapman, este foi condenado a prisão perpétua pelo assassinato de John Lennon. Ele chegou a tentar o pedido de liberdade condicional por onze vezes, mas todas as tentativas fracassaram.

Faixas

Lado 1

  1. "(Just Like) Starting Over" (John Lennon)
  2. "Kiss Kiss Kiss" (Yoko Ono)
  3. "Cleanup Time" (John Lennon)
  4. "Give Me Something" (Yoko Ono)
  5. "I'm Losing You" (John Lennon)
  6. "I'm Moving On" (Yoko Ono)
  7. "Beautiful Boy (Darling Boy)" (John Lennon) 

Lado 2

  1. "Watching the Wheels" (John Lennon)
  2. "Yes I'm Your Angel" (Yoko Ono)
  3. "Woman" (John Lennon)
  4. "Beautiful Boys" (Yoko Ono)
  5. "Dear Yoko" (John Lennon)
  6. "Every Man Has A Woman Who Loves Him" (Yoko Ono)
  7. "Hard Times Are Over" (Yoko Ono) 

Referências:

Revista Bizz – janeiro/1990 – Edição 54

Revista Bizz – junho/1993 – Edição 95

John Lennon – a vida Philip Norman, 2009, Editora Companhia das Letras

John Lennon, Yoko e Eu Jonathan Cott, 2013, Editora Zahar

www.johnlennon.com


"(Just Like) Starting Over"
(videoclipe oficial)

"Kiss Kiss Kiss"

Cleanup Time"

"Give Me Something"

"I'm Losing You"

"I'm Moving On"

"Beautiful Boy (Darling Boy)"
(videoclipe original)

"Watching the Wheels"
(videoclipe original)

"Yes I'm Your Angel"

"Woman"
(videoclipe original)

"Beautiful Boys"

"Dear Yoko"

"Every Man Has A Woman Who Loves Him"


"Hard Times Are Over"




Comentários

  1. Parabéns pelo texto muito bem produzido.
    Não conheço ainda esse disco do Lennon... ouvirei agora mesmo.

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    1. Muito obrigado, Anônimo. Ouça o disco, e se puder, deixe seu comentário sobre o que achou dele.

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